sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

MENSAGEM DE NATAL

 (*) Texto publicado na Coluna Gestão, do autor, no Fato Amazônico (www.fatoamazonico.com)


2020 foi um ano difícil para todos nós. Cheio de altos e baixos. Um ano de inúmeras perdas e de vitórias rarefeitas. Um ano em que a página da nossa agenda nos foi arrancada. Pela primeira vez em nossas vidas talvez não tivemos o privilégio de escrevê-la. Outros o fizeram por nós. Perdemos o controle de quase tudo. Não podíamos fazer o que queríamos, mas apenas o que devíamos e podíamos. Nunca os verbos QUERER, DEVER e PODER tiveram que ser tão bem conjugados.

Em meio aos solavancos, chegamos a mais um Natal. Para muitos, um Natal sombrio. Um Natal muito diferente dos anteriores. Um Natal em que a lembrança de um ente querido perdido nos faz sangrar por dentro.

2020 foi um ano marcante. Quem sabe, um divisor de águas. Um antes e um depois. Tivemos que nos reinventar. Fazer diferente. Encontrar soluções onde aparentemente elas não existiam.

O mundo parou. Todos nós paramos com ele. A Ciência teve que agir rapidamente. Superar-se  para fazer a engrenagem da vida girar novamente.

Mas não foi apenas o vírus o único inimigo. A pandemia revelou outra carga viral, talvez, mais potente que o próprio vírus: o vírus da IGNORÂNCIA. Muitos, movidos por cores político-ideológicas espalharam (e continuam espalhando) o medo, a insegurança, a mentira e a desinformação. Conscientes ou não, engrossam a fileira dos óbitos. Contra esses, é difícil encontrarmos uma vacina eficaz, pois os anticorpos já estão dentro delas mesmas, mas permanecem como que adormecidos pela completa falta de consciência. Como despertá-los? Eis a grande questão.  

E assim a vida segue. Em meio aos tropeços e desapegos. Ensinando-nos a valorizar ainda mais o dom supremo de VIVER.

Feliz Natal a todos!! Que Cristo nasça e renasça em cada família e que permaneça convosco até a Eternidade.

São os meus mais sinceros votos!!

 

Alipio Reis Firmo Filho

Conselheiro Substituto – TCE/AM e Doutorando em Gestão

SOBRE OS TESTES COM AS VACINAS CONTRA A COVID-19



1 - ATÉ CHEGAREM AO ESTÁGIO DE SEREM APLICADAS EM HUMANOS, AS VACINAS SÃO TESTADAS rigorosamente nos laboratórios. SOMENTE APÓS É QUE PASSAM À ETAPA SEGUINTE.

2 - A APLICAÇÃO EM HUMANOS É FEITA EM TRÊS GRUPOS: O PRIMEIRO, REPRESENTADO POR dezenas DE VOLUNTÁRIOS; O SEGUNDO, POR centenas DE VOLUNTÁRIOS E O ÚLTIMO GRUPO, COMPREENDENDO milhares de voluntários. SOMENTE APÓS PERCORREREM ESSES TRÊS GRUPOS É QUE AS VACINAS SÃO LIBERADAS PARA SEREM APLICADAS EM POPULAÇÕES INTEIRAS APÓS, EVIDENTEMENTE, SEREM AUTORIZADAS PELO RESPECTIVO ÓRGÃO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DE CADA PAÍS.

3 - OS TESTES EM HUMANOS TEM DOIS PROPÓSITOS BÁSICOS: PRIMEIRAMENTE, saber até que ponto a vacina é eficaz, isto é, até que ponto ela cria uma camada protetora no organismo contra a carga viral; e conhecer mais sobre seus EFEITOS COLATERAIS que, nesta etapa, SÃO CLASSIFICADOS EM 3 GRUPOS: leves, medianos e agressivos. É PRECISAMENTE AQUI QUE NASCEM AS ORIENTAÇÕES CONTIDAS NAS bulas dos medicamentos. TODOS OS RELATOS ALI CONTADOS, NA VERDADE, FORAM RETIRADOS DESSA IMPORTANTE ETAPA DAS PESQUISAS.

4 - A APLICAÇÃO DA VACINA-TESTE NOS VOLUNTÁRIOS É FEITA PERCORRENDO AS SEGUINTES FASES:

4.1 - PRIMEIRAMENTE, SÃO SEPARADOS DOIS GRUPOS DE VOLUNTÁRIOS: o primeiro grupo tomará a vacina-teste. O segundo grupo não a tomará. O segundo grupo tomará apenas uma substância chamada PLACEBO. Uma substância usada pelos pesquisadores SEM PODER ALGUM FARMACOLÓGICO. O USO DO PLACEBO É PARA EVITAR QUE O PSICOLÓGICO DOS VOLUNTÁRIOS INTERFIRA NO RESULTADO DOS TESTES.

4.2 - NENHUM dos dois grupos saberá se estará tomando a vacina-teste ou o PLACEBO.

4.3 - A ÚNICA COISA QUE OS VOLUNTÁRIOS SABERÃO É QUE METADE DELES RECEBERÁ, DE FATO, DOSES DA VACINA-TESTE; E A OUTRA METADE APENAS placebo.

4.4 - ALÉM DOS VOLUNTÁRIOS, TAMBÉM QUEM APLICA AS DOSES não saberá SE ESTARÁ APLICANDO A VACINA-TESTE OU O PLACEBO. TODO O PROCEDIMENTO, PORTANTO, É REALIZADO às cegas. APENAS OS PESQUISADORES TERÃ ESSAS INFORMAÇÕES.

4.5 - DEVIDAMENTE VACINADOS, OS DOIS GRUPOS PASSARÃO À fase de exposição ao vírus. TODOS ELES SE EXPORÃO À INFECÇÃO. ALGUNS SERÃO INFECTADOS. OUTROS NÃO. O MONITORAMENTE SEGUE UM RÍGIDO PROTOCOLO MÉDICO: o que fizeram, o que deixaram de fazer, o que estão sentindo, o que não estão sentindo, enfim, uma série de questionamentos serão formulados e respondidos pelos voluntários. OS PESQUISADOS OS RECOLHERÃO E OS CATALOGARÃO, A FIM DE EXTRAIR EVIDÊNCIAS SEGURAS SOBRE A VACINA-TESTE.

4.6 - AO FINAL DO período de exposição, OS PESQUISADORES JÁ SABERÃO QUEM FOI INFECTADO E QUEM NÃO FOI. ESSA É A PRINCIPAL FASE DAS PESQUISAS. É AQUI QUE SERÁ MEDIDA A eficácia DA VACINA. TEREMOS DOIS RESULTADOS:

4.6.1 - DENTRO DOS PROGNÓSTICOS, É ESPERADO QUE O GRUPO QUE RECEBEU placebo APRESENTE UM NÚMERO MAIOR DE INFECTADOS. SE ISSO ACONTECER, EVIDENCIA-SE QUE A VACINA-TESTE é eficaz. OCORRENDO ISSO, TERÁ QUE SER INVESTIGADO O grau da eficácia. PARA TANTO, SÃO CONTADOS O NÚMERO DE INFECTADOS NOS DOIS GRUPOS.

4.6.2 - PARA SIMPLIFICAÇÃO, ADMITAMOS QUE O NÚMERO EM CADA GRUPO SEJA DE 100 PESSOAS. AO TODO, PORTANTO, SERÃO 200 PESSOAS PESQUISADAS. GRUPOS "A" e "B".

4.6.3 - ADMITAMOS AINDA QUE NO GRUPO "A" ESTEJAM OS VOLUNTÁRIOS QUE RECEBERAM A VACINA-TESTE E QUE NO GRUPO "B" OS QUE RECEBERAM PLACEBO.

4.6.4 - POIS BEM. DIGAMOS QUE OS RESULTADOS DOS TESTES SEJAM SEGUINTES: DOS QUE RECEBERAM A VACINA, 10 (DEZ) PESSOAS FORAM INFECTADAS. ISSO SIGNIFICA QUE A VACINA É 90% EFICAZ. GROSSO MODO, É DESSA MANEIRA QUE NASCEM OS PERCENTUAIS DE EFICÁCIA DAS VACINAS.

4.6.5 - ISSO SIGNIFICA QUE A CADA 100 PESSOAS VACINADAS, 10 APENAS NÃO DESENVOLVERÃO ANTICORPOS SUFICIENTES PARA PROTEGER O ORGANISMO PODENDO, PORTANTO, ADOECEREM DA COVID-19. PORÉM, AQUI NASCE UMA OUTRA FONTE DE PESQUISAS: quais os sintomas apresentados por eles? Se foram brandos, moderados ou agressivos. Se todos tiverem sintomas BRANDOS, então é possível afirmar que, muito embora a vacina-teste não tenha sido eficaz o suficiente para evitar o contágio, O VÍRUS NÃO CONSEGUIU CAUSAR OS SINTOMAS QUE NORMALMENTE CAUSARIA, CASO NÃO HOUVESSEM TOMADO A VACINA-TESTE. POR ESTE PONTO DE VISTA, A VACINA PODE SER CONSIDERADA EFICAZ EM TODA A POPULAÇÃO PESQUISADA, APRESENTANDO APENAS UMA VARIANTE DE 10% DE EFICÁCIA MENOR, MAS AINDA ACEITÁVEL.

4.6.6 - MAS ADMITAMOS AINDA QUE ENTRE OS DEZ VOLUNTÁRIOS INFECTADOS, UM APENAS APRESENTOU sintomas graves da Covid-19. ISSO SIGNIFICA QUE, ENTRE 100 PESSOAS VACINADAS, UMA APENAS PODERÁ, AINDA ASSIM, SER INFECTADA E VIR A SOFRER OS MESMOS SINTOMAS DE ALGUÉM QUE NÃO A TENHA TOMADO. O RESULTADO, AINDA ASSIM É positivo POIS DEMONSTRA CABALMENTE A EFICÁCIA DA VACINA, O QUE RECOMENDA SER ELA SEGURA O SUFICIENTE PARA SER APLICADA NUMA POPULAÇÃO MAIOR DE VOLUNTÁRIOS.

4.6.7 - POR FIM, RESTA AINDA UM ÚLTIMO QUESTIONAMENTO, IGUALMENTE IMPORTANTE: por quanto tempo a capa protetora criada pela vacina-teste será eficaz? Por um mês? Por 6 meses? ou Por 1 ano? SABER SOBRE ESSA REALIDADE É TAMBÉM MUITÍSSIMO IMPORTANTE.

4.6.8 - É ELA QUE IRÁ DIZER QUANDO O INDIVÍDUO DEVERÁ TOMAR OUTRA DOSE DA VACINA: após 1 mês, após 6 meses ou após um ano. É AQUI QUE É DEFINIDO O prazo de eficácia das vacinas.

PORTANTO, SENHORES, CONFORME VISTO, CHEGAR À FASE QUE CHEGAMOS - REFIRO-ME ÀS VACINAS EM FASE DE TESTES - não é coisa simples. MUITO ÁGUA JÁ CORREU POR BAIXO DESSA PONTE.

AO INVÉS DE CRITICAR, DEVERÍAMOS agradecer A ESSAS MENTES MARAVILHOSAS QUE ESTÃO TRABALHANDO POR NÓS: 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano.

NÃO SEJA IGNORANTE. SE NÃO CONCORDAR COM O QUE A Ciência DECLARA TENHO UMA SUGESTÃO PARA VOCÊ: fique de bico calado. TENHA A MAIS ABSOLUTA CERTEZA: ainda que por um breve período você SERÁ CONTADO ENTRE OS SÁBIOS.

Alipio Reis Firmo Filho