Suas mãos são belas. Elegantes. Potentes.
Refletem força. Mas também doçura.
São envolventes. Sedutoras. Acariciam e afagam. Enquanto penetram fundo na alma.
Suas mãos trabalham. Trabalham muito.
Trabalham para prover o sustento do corpo. Também da alma.
Suas mãos são firmes. Transmitem equilíbrio, paz e harmonia.
São simples. Dispensam acessórios. O esmalte é apenas um adereço.
Suas mãos são dóceis. Leves. Atenuam o cansaço. Eliminam a fadiga. Recuperam a energia.
Suas mãos aprisionam. São sutis como um leopardo. Mas fortes como uma leoa.
Suas mãos me dizem tantas coisas... Às vezes, difíceis de expressar.
Longe ou perto. Próximo ou distante. Não importa.
O importante é a lembrança guardada na alma.
O Blog foi criado em 07/01/2011. Obrigado por sua visita! Seja muito bem vindo(a)!!! Aqui você irá encontrar assuntos relacionados à Contabilidade Pública, Orçamento Público, Controle Externo, Finanças Públicas e afins. Volte sempre!! Fraternal abraço!!
sábado, 1 de abril de 2017
sábado, 25 de março de 2017
O QUE É CADEIA DE RESPONSABILIDADE EM AUDITORIA GOVERNAMENTAL?
Há um conceito pouco conhecido em auditoria governamental chamado cadeia de responsabilidade. O que vem a ser exatamente isso? Qual o seu real significado? É disso que vamos falar agora.
Há cadeia de responsabilidade em auditoria governamental quando dois ou mais agentes públicos concorrem para a ocorrência de determinada irregularidade. Em tais casos, a responsabilidade é conjunta, isto é, solidária. O conceito é muito similar ao concurso de pessoas no direito penal. Tanto aqui como ali, a infração é produzida por um grupo de agentes. Exemplifiquemos:
a) um engenheiro (servidor público) atesta a medição de uma obra pública cuja extensão do que foi realizado é inferior ao atestado. Dessa irregularidade é sabedor o ordenador de despesas que com ela concorda. Ou seja, ambos têm ciência da infração;
b) o responsável pelo setor de recursos humanos inclui gratificação indevida nos contra-cheques de um grupo de servidores. Estes, como aquele, são sabedores do ato infracional e com ele concordam, assim como o ordenador de despesas ou o secretário de administração e/ou de finanças;
c) o chefe do setor de almoxarifado é sabedor do desvio de materiais de consumo que estão sob sua responsabilidade. Os dois colaboradores no gerenciamento da unidade também têm conhecimento da irregularidade e com ela concordam, pois os "benefícios" da prática aproveita a todos.
Note que na cadeia de responsabilidade não comparecem apenas os servidores mais graduados, isto é, aqueles que ocupam o alto escalão da administração pública (governador, prefeito, secretários, diretor de autarquia, etc.). Qualquer agente público pode compor a cadeia, do maior ao menor; bastando, para tanto, que concorra para ocorrência da irregularidade, seja por ação ou omissão.
Como vincular alguém a uma cadeia de responsabilidade? A assinatura (eletrônica ou física) é quem vincula os infratores a uma cadeia de responsabilidade. Ela é o dado objetivo na apuração de responsabilidades. Portanto, é muito importante que os agentes públicos tenham muito cuidado com os documentos que assinam. E não vale dizer que assinou sem ler (argumento muito utilizado no processo de apuração de responsabilidades). Havendo o atesto, não há como dizer o contrário. Irremediavelmente o agente público vincula-se ao ato infracional (a menos que provada a assinatura fraudada).
Caracterizada a cadeia de responsabilidade, os responsáveis serão chamados a apresentar justificativas perante os tribunais de contas e órgãos de controle interno. Se conseguirem esclarecer o "mal entendido" serão liberados. Caso contrário, poderão sofrer as sanções previstas na legislação regente (aplicação de multa, impossibilidade do exercício de função pública, etc.) além da obrigação de devolverem os recursos porventura malversados decorrentes da irregularidade e, por fim, terem suas contas reprovadas.
IMPROVE YOUR ENGLISH (V)
Here are some tips to improv your ability to write in English.
Good Luck!!
Alipio Filho
Good Luck!!
Alipio Filho
Escrever em inglês é um passo muito importante em busca do domínio do idioma. Além de saber a estrutura das palavras e como elas são aplicadas em cada frase, saber escrever ajuda muito no desenvolvimento do vocabulário.
Se você está com dificuldades para escrever em inglês ou está em busca de dicas para melhorar cada vez mais seu writing, a Wizard ajuda você nesta tarefa! Veja as dicas abaixo:
Copiar textos ou notícias
Você só aprende a escrever com a prática. Para começar a desenvolver sua habilidade de writing com convicção, experimente buscar textos em inglês de sites de notícias, revistas ou de assuntos que forem de seu interesse e copiá-los para o papel. Ao fazer este exercício, você será capaz de analisar como as palavras são escritas e o contexto em que elas se encaixam na frase.
Elabore pequenos jogos
Além de estimular sua criatividade, esta prática também aguça sua memória e aumenta seu vocabulário. A cada dia, invente um novo jogo para praticar a escrita. Por exemplo, faça uma lista de 5 elogios para seus 10 melhores amigos, descreva sua cidade em 30 palavras, escreva seu filme favorito como se você fosse o personagem principal, etc.
Escreva textos sobre qualquer assunto
Imagine que você está contando para alguém um assunto interessante, mas ao invés de falar, coloque no papel. Vale contar do filme que você assistiu na semana passada, os hobbies que costuma praticar nas horas livres, uma situação engraçada que aconteceu com você na infância, aquelas férias inesquecíveis ou simplesmente o que você fez durante o dia. O importante é diversificar os assuntos para não cair em uma rotina.
Utilize a Internet a seu favor
Sempre que puder, procure conversar por meio de bate-papos diretamente com nativos ou com pessoas que também estão aprendendo. Alguns sites funcionam como plataformas de interação para praticar o idioma com pessoas de qualquer parte do mundo, por isso, a parte boa é que você sempre pode aprender novas expressões em inglês.
Conhecer a escrita formal e informal
Aprenda as principais diferenças de palavras e estrutura da linguagem formal e informal no inglês. Um dos principais erros cometidos por estudantes é o de misturar as duas formas de escrita. Apesar de conseguirmos diferenciar facilmente cada uma delas no português, em inglês estes dois estilos de comunicação podem causar muitas dúvidas.
Fonte: www.wizard.com.br
quarta-feira, 15 de março de 2017
QUAIS SÃO AS ETAPAS PROCESSUAIS DE UM PROCESSO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAIS?
Cada tribunal de contas fixa o seu próprio rito processual relativo às prestações de contas anuais submetidas ao seu julgamento. O Tribunal de Contas da União prevê três fases processuais: (i) a instrução, (ii) o parecer do ministério público e (iii) o julgamento ou apreciação (art. 156. Clique AQUI para fazer o download do regimento do TCU). O regimento interno do TCE-AM não diz, objetivamente, quais são as fases processuais. Apenas se refere a elas, de maneira sequencial. Todos elas estão reunidas nos arts. 66 a 80 de seu regimento (clique AQUI para fazer o download do regimento TCE-AM).
Para mim, são 04 as fases processuais nos tribunais de contas: (i) autuação, (ii) instrução, (iii) julgamento e (iv) fase recursal.
A fase da autuação se inicia quando a prestação de contas é protocolada no tribunal. Nesse momento, os documentos encaminhados receberão um capeamento e uma numeração. É evidente que a autuação somente se ultimará caso todas as peças processuais estejam corretas. Depois dessa etapa, segue-se a fase da instrução.
A instrução tem um só objetivo: suprimir dúvidas e lacunas na prestação de contas. É nela que serão esclarecidas quaisquer dúvidas, onde ocorrerá o contraditório e a ampla defesa (oitiva dos gestores), onde serão deferidos/indeferidos os pedidos de cópias processuais ou uma eventual juntada de documento. É o que chamamos de SANEAMENTO PROCESSUAL.
Concorrerão na fase da instrução três atores principais: (i) a Secretaria de Controle Externo (órgão técnico), (ii) o Ministério Público de Contas e (iii) o Relator. Este último é responsável por presidir tanto a fase da instrução quanto a etapa de autuação processual. Ou seja, todo e qualquer pedido ou dúvida manifestada pelo administrador público relativamento à sua prestação de contas deverá ser encaminhada ao Relator para que este aprecie seu pedido. Clique AQUI para saber mais sobre a função da Secretaria de Controle Externo; AQUI para saber como o Ministério Público de Contas funciona e AQUI para obter mais informações sobre as funções do Relator.
Finalizada a fase da instrução, o processo estará saneado, isto é, pronto para ser julgado pelo respectivo colegiado do tribunal de contas. Nos tribunais de contas estaduais o colegiado é formado por CONSELHEIROS. No Tribunal de Contas da União, por MINISTROS. O número de conselheiros são 7 (sete), O número de ministros são 9. Clique AQUI para entender como se desdobra a fase de julgamento.
Julgado o processo de prestação de contas, abre-se a fase recursal. A fase recursal é ofertada a todos que não se conformam com a forma como suas contas foram julgadas. É evidente que se o gestor aceitar a avaliação de suas contas ele não recorrerá. Nesses casos, faz-se a coisa julgada administrativa, isto é, a decisão se tornará IMUTÁVEL no âmbito do respectivo tribunal de contas só podendo ser alterada pelo judiciário (muito embora haja controvérsias na doutrina e na própria jurisprudência do judiciário brasileiro acerca do que pode ser reavaliado pelos tribunais dos judiciários em sede de prestação de contas).
Cada tribunal de contas têm o seu próprio aparelho recursal. No TCE-AM temos o Recurso de Reconsideração e o Recurso de Revisão que são os remédios principais cabíveis contra o julgamento das prestações de contas anuais. No TCU também temos essas mesmas nomenclaturas, contudo, com ritos e prazos distintos.
terça-feira, 7 de março de 2017
ALBERT EINSTEIN ERA MESMO UM ALUNO MEDÍOCRE?
Desde muito jovem Alberto Einstein sempre chamou muito minha atenção. Não sei exatamente o motivo. Talvez tenha simpatizado com aquela figura de cabelos brancos, desarrumados e que apresentava um semblante meio que despojado, largado, de quem não se preocupava muito com o que os outros iriam dizer a respeito dele. Alguém leve, solto, livre das amarras dos rótulos sociais. A inteligência descomunal deste homem também sempre me fascinou. Como alguém pode ser tão inteligente? Como alguém pode estar tão a frente de sua época? Um verdadeiro gênio. A História se encarregou de colocá-lo no devido lugar. Alguém que é reverenciado pelo mundo todo. Talvez o cientista mais conhecido no mundo.
Encontrei esse texto meio que por acaso. Gostei muito dele, pois revela a personalidade de um gênio. Dá pra ver que por trás da genialidade (sua face mais comumente vista) está um ser humano que desde cedo já convivia com seus dramas pessoais. Alguém muito parecido conosco.
É que muitas vezes a genialidade parece ocultar o lado humano do gênio. Enxerga-se somente o seu exterior, o que é mais visível; esquece-se da pessoa, de alguém que, como cada um de nós, possui vasos sanguíneas onde corre sangue vermelho. É o caso de Albert Einstein.
Acompanhe e boa leitura!!
Alipio Filho
"Não, Einstein não era um aluno medíocre. Na verdade, seu problema era menos intelectual e muito mais comportamental: Albert não suportava autoritarismo, tinha má atitude e era temperamental.
Com cinco anos, Albert Einstein teve aulas particulares com um tutor. Isso não durou muito tempo, porque Albert jogou uma cadeira em seu professor porque estava de mau humor. No mesmo ano, Einstein também começou a aprender violino.
A história escolar de Albert é conturbada. Desde 1885, quando ele tinha seis anos, fez parte de uma escola católica de Munique, conhecida como Petersschule. A mãe de Albert escreveu uma vez à irmã: “Ontem Albert recebeu suas notas. Novamente, ele foi o número um, e seu boletim foi brilhante”.
Em outubro de 1888, ele mudou para a escola de gramática Luitpold. Como não foi capaz de lidar com a atitude autoritária da escola, e foi tendo mais e mais problemas graves com alguns de seus professores, abandonou a escola de gramática em dezembro de 1894 sem um diploma. Sua professora uma vez disse-lhe que “ele nunca chegaria a lugar nenhum”.
Para poder estudar no Instituto Politécnico Suíço, em Zurique, Albert Einstein teve que fazer um exame vestibular em outubro de 1895. Seu desempenho em física e matemática foi excelente. Em algumas das outras áreas testadas, no entanto, não foi suficiente.
Albert Einstein não passou no exame! Posteriormente, ele seguiu o conselho do diretor da Universidade de Zurique e foi para uma escola em Aarau, na Suíça, em outubro de 1895, para fechar a lacuna em seu conhecimento.
Em setembro de 1896, ele passou com sucesso em escrita e oral. Em outubro de 1896, ele começou a estudar no Instituto Politécnico da Suíça. Sua ambição era obter o diploma de professor das disciplinas de matemática e física. Em julho de 1900, concluiu com êxito seus estudos.
Em resumo, no decorrer do seu tempo escolar, Albert Einstein passou a ser um aluno muito bom em matemática e ciências. Nas outras disciplinas escolares, ele era um aluno mais “moderado”.
É claro que este fato não tem nada a ver com uma falta de inteligência. Ele simplesmente não queria entender que também deveria aprender coisas que não lhe interessavam – como qualquer outro aluno de ensino médio hoje em dia.
Em seu certificado de qualificação para a universidade, logo abaixo, as disciplinas as quais ele estava menos interessado podem ser facilmente detectadas. Mas a nota média em sua certidão foi 5, ou seja, “bom”! De qualquer forma, o “aluno moderado” passou a ser um dos mais importantes cientistas do século 20. É isso que chamamos de virada, né?"
Fonte: http://hypescience.com/
segunda-feira, 6 de março de 2017
NEM TODO AÇÚCAR É DOCE, NEM TUDO QUE É DOCE É AÇÚCAR
Talvez você não saiba, mas boa parte dos alimentos que consumimos contém açúcar sem que, todavia, o percebamos. Ou seja, eles não são identificados por nosso paladar como "doces". É o caso do arroz, do macarrão, do pão e massas em geral. O gosto desses alimentos normalmente não é adocicado. Por isso, talvez, não costumamos associá-los a alimentos "doces". Não se engane, porém. O açúcar está presente nesses alimentos. É evidente que estamos nos referindo aos alimentos que se apresentam na forma mais comum como o pão francês que você compra na padaria da esquina. O macarrão e ao arroz que estão na prateleira do supermercado.
Por outro lado, se é verdade que nem todo açúcar é doce, nem tudo que é doce é açúcar. É o caso dos adoçantes. Eles enganam o nosso paladar - normalmente já acostumado com o gosto adocicado. Tomar um café sem açúcar, por exemplo, é um suplício para muita gente. Aqui, o adoçante é a solução. É que muita gente passou a apresentar problemas com o nível de açúcar que circula no sangue. Os adoçantes foram criados justamente para tentar fazer com que as pessoas consumam menos açúcar (muito embora o próprio adoçante também seja reconhecidamente prejudicial à saúde).
Nos casos de excesso de açúcar no sangue, uma das decisões tomadas é deixar de consumir alimentos doces como bolos, refrigerantes, sorveres, tortas e alimentos doces em geral. Todavia, por vezes, o nível de açúcar continua elevado. As pessoas então se perguntam: "já cortei tudo. Deixei de consumir isso e aquilo e não deu resultado". A solução: veja se você não está consumindo açúcar em outros alimentos não adocicados, isto é, aqueles que nos referimos anteriormente (pães, massas, etc.). Em caso afirmativo, tente tirar esses alimentos de sua dieta e substituí-los por outros e acompanhe o resultado.
É importante dizer, todavia, que o açúcar não é nocivo à saúde por si só. Ele é fundamental para a sobrevivência dos seres humanos. Ou seja, os organismos vivos (animais e vegetais) necessitam do açúcar para continuar subsistindo. A ausência completa de açúcar em tais organismos decretaria a morte de todos eles. O açúcar participa do processo de geração de energia no interior das células. É como se ele fosse um "ingrediente" que ela utiliza para preparar um prato de comida.
Fica a dica.
Por outro lado, se é verdade que nem todo açúcar é doce, nem tudo que é doce é açúcar. É o caso dos adoçantes. Eles enganam o nosso paladar - normalmente já acostumado com o gosto adocicado. Tomar um café sem açúcar, por exemplo, é um suplício para muita gente. Aqui, o adoçante é a solução. É que muita gente passou a apresentar problemas com o nível de açúcar que circula no sangue. Os adoçantes foram criados justamente para tentar fazer com que as pessoas consumam menos açúcar (muito embora o próprio adoçante também seja reconhecidamente prejudicial à saúde).
Nos casos de excesso de açúcar no sangue, uma das decisões tomadas é deixar de consumir alimentos doces como bolos, refrigerantes, sorveres, tortas e alimentos doces em geral. Todavia, por vezes, o nível de açúcar continua elevado. As pessoas então se perguntam: "já cortei tudo. Deixei de consumir isso e aquilo e não deu resultado". A solução: veja se você não está consumindo açúcar em outros alimentos não adocicados, isto é, aqueles que nos referimos anteriormente (pães, massas, etc.). Em caso afirmativo, tente tirar esses alimentos de sua dieta e substituí-los por outros e acompanhe o resultado.
É importante dizer, todavia, que o açúcar não é nocivo à saúde por si só. Ele é fundamental para a sobrevivência dos seres humanos. Ou seja, os organismos vivos (animais e vegetais) necessitam do açúcar para continuar subsistindo. A ausência completa de açúcar em tais organismos decretaria a morte de todos eles. O açúcar participa do processo de geração de energia no interior das células. É como se ele fosse um "ingrediente" que ela utiliza para preparar um prato de comida.
Fica a dica.
O QUE FALTA AO BRASIL?
Há um dito popular que
diz: “Deus é brasileiro”. Acredito que boa parte dos brasileiros já o tenham
ouvido. Eu mesmo o ouvi pela primeira vez já na minha infância. Acho que
deveria contar menos de dez anos de idade.
Refletindo melhor sobre
seu conteúdo, acredito que, no fundo, ele faz sentido sim. Se pararmos para pensar
um pouquinho sobre nossas potencialidades, não há como pensarmos diferente. O
Brasil – sem puxar lenha pra nossa sardinha – é um país diferente. E não estou
me referindo às diferenças negativas, aquelas que todos os dias estamos
acostumados a ouvir no rádio ou ver na televisão. Estou me referindo ao que
temos, ao que somos, à tudo aquilo que já trouxemos do berço. Àquilo que
ninguém nos deu (é óbvio que, aqui, entra a mão do Criador). Vamos refletir um
pouquinho?
Comecemos com nossas
reservas minerais. Elas são um bom exemplo disso. Vejamos alguns números
somente para servirem de ilustração.
Temos a terceira maior
reserva do mundo em potássio, alumínio, bauxita, níquel e estanho. A quinta
maior reserva de ferro e manganês sendo que a reserva de ferro é representada
por 17 bilhões de toneladas.
Em relação ao petróleo o
Brasil responde hoje pela 15ª posição no quadro das reservas mundiais. Todavia,
estima-se que com a exploração da camada pré-sal (se convenientemente
explorado) saltaríamos para a 6ª posição das reservas no mundo. Muito
provavelmente, passaríamos a compor a
OPEP (Organização dos Países Exportadores
de Petróleo).
Não temos problemas no
Brasil com catástrofes naturais como tufões, furacões, nevadas, terremotos. O
solo brasileiro é todo aproveitável. Acredito que não exista no mundo um país
que equipare nossa dimensão continental em termos de potencialidade de
produção. As restrições que possuímos são perfeitamente solucionáveis com
tecnologia. E acredite: temos essa tecnologia. Há casos de sucesso na produção
de frutas típicas do clima temperado no nordeste brasileiro, como a produção de
uvas. Os EUA e Israel, além de outros países espalhados pelo mundo, conseguem
aproveitar grandes áreas desérticas que de longe apresentam maiores dificuldades
de produção, se comparadas com as do semi-árido nordestino. Não sou
especialista no tema, mas acredito que o solo nordestino, se bem trabalhado e
aproveitado, poderia alimentar não apenas o País, mas o mundo.
O Brasil tem uma
potencialidade turística enorme. Há aqui ambientes e locais para todos os
gostos e preferências. Não há pais no mundo que conte com um litoral tão extenso
em beleza e em dimensão quanto o nosso. A Amazônia é uma imensa região capaz
de, sozinha, alavancar enormes divisas para o País. Isso tudo sem falar no
potencial turístico das demais regiões, como o Centro-Oeste brasileiro que
guarda uma jóia inestimável: o pantanal mato-grossense. O Nordeste dispensa
comentários. Tem tudo e muito mais.
Além de todos esses (e
tantos outros) atributos naturais é inegável que o brasileiro é um povo muito
talentoso, criativo e extremamente inteligente. Todavia, carregamos conosco uma
cultura de nos depreciarmos, de nos colocarmos como um povo inferior aos
demais, sem qualidades, que somente gosta de carnaval, samba e futebol. Não sei
bem o motivo disso, mas esse enredo é muito parecido com uma criança que não
gosta de estudar. Tira notas baixas na escola e vive brincando. O conceito da
família em relação a ela é que não terá futuro, não “será gente quando crescer”
e por aí vai. “Tá na cara que não dará certo”, diriam alguns.
Poucos sabem, entretanto,
que os gostos e as preferências nem sempre traduzem a capacidade intelectual de
alguém. Um bom exemplo disso é Albert Einstein, talvez, o cientista mais
conhecido do mundo. Na infância, ele tinha sérios problemas de comportamento.
Ele não suportava pessoas autoritárias, era temperamental e por força disso tinha
péssimas atitudes. Conta-se que aos cinco anos de idade ele jogou uma cadeira
em seu tutor – que lhe dava aulas particulares – porque estava de mau humor.
Quando estudou na escola de gramática de Luitpold, de onde saiu em 1894 sem um
diploma, pois não conseguia conviver com a disciplina autoritária da escola,
sua professora lhe disse certa vez: “você não chegará a lugar nenhum”. Não
precisa dizer mais nada. A História conta uma versão completamente diferente de
Albert Einstein.
E o que demonstraria mais
cabalmente a criatividade e a potencialidade do povo brasileiro? Muito simples.
Basta passarmos em revista a nossa própria História e distinguirmos notáveis
brasileiros. Verdadeiras pérolas que nós, de pé, aplaudimos, talvez, sem nos
darmos conta. O esporte é um bom exemplo disso.
No futebol não precisamos
falar muito. É, de longe, o maior exportador de talentos do mundo. Foram muitos.
Certa vez li um comentário de um jogador boliviano que, segundo ele, no Brasil
os jogadores talentosos eram tantos que pareciam “nascer da terra”. A
genialidade de um Pelé e de um Garrincha dispensam comentários. E elegância na
maneira de jogar de um Falcão (refiro-me ao jogador dos gramados e não das
quadras) acabou sendo sua marca quando defendeu o Roma nos idos dos anos
oitenta. Poucos no mundo tiveram a capacidade de domínio de bola e a percepção
de jogo de um Zico. Isso tudo sem falar em tantos outros talentos mais recentes
(Ronaldo, Ronaldinho, Romário, etc.). Mais recentemente, o Neymar. Mas temos
inúmeros outros talentos em outras modalidades esportivas: Robert Scheidt,
Torben e Lars Grael (vela), Diego Hypólito, Arthur Mariano, Aarthur Zanetti, dentre
outros (ginástica), Thiago Braz, Fabiana Murer, Maurren Maggi, dentre tantos
outros (atletismo), Aurélio Miguel, Tiago Camilo, dentre outros (Judô), Robson
Conceição, Eder Jofre (boxe), Nelson Piquet, Ayrton Senna, Emerson Fittipaldi
(Fórmula 1), Cesar Cielo, Gustavo Borges, Fernando Scherer, dentre outros
(natação), Fernando Pessoa (hipismo), Isaquias Queiroz (canoagem), Gustavo
Kuerten, Fernando Meligeni (tênis), Anderson Silva e tantos outros (MMA), vôlei
masculino e feminino (que tem um histórico de vitórias no voleibol mundial
impressionante), futebol de salão (Falcão, Manoel Tobias, dentre outros);
enfim, poderíamos relacionar inúmeras outras modalidades esportivas em que o
esporte brasileiro mostrou talento e competência, mas acho desnecessário.
Agora, um dado importante. Se não bastasse termos gente competente nas mais
diversas modalidades esportivas, parece que estamos, em muitas delas, à frente
das potências mundiais. Enquanto as medalhas olímpicas são obtidas lá fora em
troca de maciços investimentos, nossas medalhas foram fruto de puro talento,
disciplina e dedicação pessoal de nossos atletas. Todos sabem que pouco ou
quase nada investimos no esporte. Um exemplo disso é o pessoal da ginástica.
Não recebem o apoio necessário, mas conseguem apresentar desempenhos
fantásticos. O mesmo acontece com o pessoal do atletismo. A dedicação e o
empenho pessoal são a mola propulsora de muitos bons resultados. E se
investíssemos mais em nossos talentos? Onde chegaríamos? Pois é. Difícil
responder, mas diante de todo esse contexto é possível dar asas à imaginação.
O que dizer dos
cientistas brasileiros? Pessoas notáveis conhecidas e respeitadas no mundo
inteiro. Podemos citar alguns como Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Calos Motta,
dentre outros (arquitetura e urbanismo), Ivo Pitanguy (cirurgião plástico), Alex Atala
(gastronomia), Alex Kipman, Eduardo Saverin, Hugo Barra, dentre outros
(processamento de dados), Carlos Ghosn (executivo do segmento automobilístico),
Carlos Saldanha, Fernando Meirelles (cinema), Gisele Bündchen, Daniella Helayel
(passarela e estilista), Humberto e Fernando Campana (designer), Marcello Serpa
(publicidade), etc...
Isso tudo sem falarmos em ramos da Ciência em que o Brasil é destaque no cenário internacional como a oftalmologia, o processamento de dados, a medicina e tantos outros importantes ramos da Ciência. Pouca gente sabe mas o Brasil participou do projeto que mapeou o genoma humano. Nesse projeto participaram países como os EUA, a Alemanha, o Canadá, a Suécia, o Japão, a Dinamarca, isto é, países que estão na ponta do desenvolvimento mundial.
Por fim, não poderíamos
deixar de citar a festa de abertura das olimpíadas de 2016, realizada no
Brasil. Não há quem tenha assistido à celebração que não tenha se encantado.
Fala-se (imprensa internacional inclusa) que muito provavelmente tenha sido a
abertura mais bonita da História das olimpíadas. É o talento do povo brasileiro
cantado em verso e prosa à maneira tupiniquim que não deixa nada a dever a
nenhuma nação do globo.
Então? O que nos falta?
Temos tudo. Não nos falta nada. Deus parece ser realmente brasileiro. Quando
iremos despertar? Não sabemos. Enquanto uns poucos buscarem seus próprios
interesses morreremos de fome diante de uma mesa farta.
* Publicado na minha coluna GESTÃO (Fato Amazônico). Clique AQUI PARA ACESSAR A COLUNA
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ALIPIO
REIS FIRMO FILHO
Conselheiro
Substituto – TCE/AM
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