sábado, 18 de abril de 2020

O GRAU DE LETALIDADE DO NOVO CORONAVÍRUS


1 – O NOVO CORONAVÍRUS NÃO PODE SER COLOCADO NA MESMA BALANÇA, ISTO É, NO MESMO NÍVEL QUE OUTROS AGENTES PATOGÊNICOS CAUSADORES DE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS COMO TUBERCULOSE, MALÁRIA, SARAMPO, HIV E OUTRAS.

2 – PRIMEIRO, PORQUE, AO CONTRÁRIO DA TUBERCULOSE, DA MALÁRIA, DO SARAMPO, DO HIV E DE OUTRAS DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS,  NÃO EXISTE NENHUM MEDICAMENTO OU VACINA CAPAZ DE COMBATER O NOVO CORONAVÍRUS.

3 – SEGUNDO, PORQUE O NOVO CORONAVÍRUS, TAMBÉM AO CONTRÁRIO DOS DEMAIS AGENTES PATOGÊNICOS, POSSUI DOIS COMPONENTES ALTAMENTE LETAIS: É ALTAMENTE CONTAGIOSO E PRECISA DE MUITO POUCO TEMPO PARA FAZER ESTRAGOS NOS PULMÕES COM RAMIFICAÇÕES PARA OUTROS ÓRGÃOS VITAIS DO ORGANISMO HUMANO, COMO O CORAÇÃO E OS RINS.

4 – DEPOIS DE INSTALADO NO ORGANISMO, ELE PRECISA DE APENAS 14 DIAS PARA COMPROMETER OS PULMÕES E MAIS 7 DIAS PARA LEVAR O PACIENTE À MORTE, CASO NÃO EXISTAM RESPIRADORES PARA SOCORRER O SISTEMA PULMONAR DOS INFECTADOS. OU SEJA, EM MÉDIA, TRÊS SEMANAS SERÃO SUFICIENTES PARA LEVAR OS PACIENTES A ÓBITO.

5 – ESSA RAPIDEZ NÃO ACONTECE NAS DEMAIS DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS. EM OUTRAS PALAVRAS, UM INFECTADO COM A BACTÉRIA DA TUBERCULOSE OU O VÍRUS DO HIV DEMANDARÁ TEMPO RAZOÁVEL PARA SOFRER OS SINTOMAS DA DOENÇA. HÁ PORTADORES DE HIV QUE MANIFESTARAM OS SINTOMAS 6 MESES DEPOIS DE INFECTADOS. O TEMPO, PORTANTO, É UM GRANDE ALIADO DA MEDICINA NO TRATAMENTO DESSAS DOENÇAS, POIS OFERECE TEMPO PARA QUE OS PROFISSIONAIS DA SAÚDE ATUEM.

6 -   NÃO HÁ ISSO COM O NOVO CORONAVÍRUS. O VÍRUS AGE MUITÍSSIMO RÁPIDO NO ORGANISMO. A REALIDADE É MUITO DIFERENTE.

7 – POR ISSO, REDOBRE OS CUIDADOS!!! PROTEJA-SE!! PROTEJA SUA FAMÍLIA!!

sexta-feira, 17 de abril de 2020

LUIZ HENRIQUE MANDETTA


(*) Texto publicado na Coluna Gestão, do autor no Fato Amazônico (www.fatoamazonico.com.br)

Não pensei que decorridos três meses da memorável final do mundial de clubes entre o meu  Flamengo e o Liverpool, eu viria a experimentar novamente o mesmo sentimento  que tive quando Jorge Jesus – até então irrepreensível como técnico – resolveu sacar do jogo dois importantes jogadores (Arrascaeta e Everton Ribeiro), faltando apenas quinze minutos para o final do segundo tempo. O placar permanecia empatado e o Flamengo, no exato momento das substituições, dominava a partida. Tecnicamente falando, as substituições foram um desastre, pois resultou na clara perda de poder ofensivo do time dando oportunidade para o adversário se refazer em campo. O resultado nem preciso comentar. Melhor deixar pra lá.

Evidentemente que, assim como um técnico de futebol, também os mandatários governamentais gozam da prerrogativa de trocar essa ou aquela peça de seu secretariado, quando assim entenderem necessário. Mas, convenhamos. Há trocas e trocas. Há mexidas e mexidas.

Em certas ocasiões, conquanto possíveis, nem sempre é oportuno fazê-las. Algo pode sair errado e comprometer todo um planejamento. Possibilidade não pode ser confundida com oportunidade. São duas realidades completamente distintas. O bom estrategista sabe conjuga-las perfeitamente, a fim de potencializar ao máximo as possibilidades de sucesso.

O problema não envolve tanto as mudanças em si, mas o instante em que as trocas são operadas. É necessário, portanto, que o governante calibre sua decisão, a fim de reduzir as chances de perder a partida. Em diferentes momentos da História da humanidade, renomados estadistas têm nos ensinado que repetidas vezes é mais inteligente mostrar estratégia que propriamente força na resolução de problemas.  

Desde quando levantou a bandeira do isolamento vertical – segundo o qual só deveriam ficar isolados o grupo de risco, isto é, as pessoas idosas e portadoras de comorbidades – o presidente Bolsonaro estabeleceu uma equação difícil de fechar. Difícil porque a solução colide frontalmente com a própria Ciência. Muito embora não haja unanimidade na adoção do isolamento total (isolamento horizontal) – aliás, nem mesmo Jesus Cristo obteve unanimidade em seus discursos – a maioria esmagadora da comunidade científica internacional, além dos próprios governantes, são uníssonos em recomendá-la em tempos  de pandemia. Não há o que discutir.

Desde que assumiu o Ministério da Saúde, Luiz Henrique Mandetta foi nessa direção. E não podia ser diferente. Não bastasse sua formação médica, a ampla experiência internacional  corroborava e aconselhava a medida. Na ausência de drogas e vacinas é o único meio de frear a proliferação em massa do vírus. Não existe outra solução.

Mas o presidente preferiu transformar um problema de saúde pública em cabo de guerra político. Em outras palavras, ele politizou o vírus.

E o fez justamente porque todos aqueles que faziam oposição ao seu governo começaram, um a um,  a proclamar a necessidade de adoção do isolamento. A leitura foi a seguinte: eu não posso concordar com a oposição, ainda que traços de lucidez e civilidade estejam presentes no seu discurso.

Uma leitura infeliz, diga-se de passagem. Semelhante às opiniões regadas a paixões futebolísticas nos estádios em que se ignora a genialidade de uma jogada só porque ela foi protagonizada pelo time adversário.    

A tese do isolamento não foi criada pela oposição brasileira. Muito menos por ideologias político-partidárias de outros países. Trata-se de medida ligada à saúde pública, como meio profilático para conter surtos epidêmicos de altíssima gravidade e contágio, que ainda não contam com drogas e vacinas capazes de combatê-los. É o caso da Covid-19.    

Além desse fato, acredito que a exoneração do Ministro Mandetta também tenha decorrido de uma “ciumeira” do presidente e de alguns de seus assessores mais próximos.

Ao que tudo indica, as coletivas do Ministro e de sua equipe começaram a causar  desconfortos no Planalto. A postura, a fala, a maneira didática e fácil de se comunicar com a imprensa e com o grande público foram certamente o combustível de sua fritura.

A cada coletiva, Mandetta ganhava a simpatia e o respeito de todos, inclusive de muitos correligionários políticos do próprio presidente. O tom da voz, o carisma, os gestos, as expressões faciais e o estupendo domínio sobre o enfrentamento da Covid-19 acabaram por alimentar a antipatia e a repugnância de muitos que dão a vida por uma centelha de holofote. Pior: a própria oposição começou a lhe render elogios, assim como a comunidade internacional.

Mandetta começou a ganhar projeção nacional e internacional o que fez com que o Planalto torcesse o nariz a cada manifestação sua. Com efeito, era preciso consolidar um discurso que de alguma forma  fizesse oposição ao próprio Ministro e, ao mesmo tempo, atendesse aos reclamos pró abertura da economia de pessoas influentes mais próximas ao presidente.

Uma vez mais reforço a ideia de que a exoneração de Henrique Mandetta foi infeliz e pouco inteligente (isso para recorrer a expressões eufemísticas).

O presidente não soube jogar com as cartas sobre a mesa. Não demonstrou habilidade ao mexer as pedras do tabuleiro. Enxergou o problema mais   como ameaça e menos como oportunidade. Perdeu a chance de alavancar preciosos dividendos políticos, que poderiam lhe render, inclusive, valiosos pontos nas eleições de 2022.  Tinha tudo para calar a boca de seus opositores, além de afinar seu discurso com a comunidade internacional. No entanto, fez tudo o que não era aconselhável fazer. Colocou a carroça na frente dos bois.    

Poderia ter colado em Mandetta. Afinal, foi Bolsonaro quem o escolheu para a pasta. Se a tripulação brilha, o comandante vai junto.

A cada coletiva, a cada reunião, lá estaria o presidente. Presente. Abrindo os trabalhos. Em contato direto com a imprensa e apoiando o Ministro da Saúde. Seu principal jogador em campo.  O que dizer de um presidente assim? De um mandatário cuja boca proclamasse a necessidade de salvar vidas? Que ressaltasse a necessidade de as ideologias político-partidárias permanecerem em segundo plano em tempos de pandemia! Que estendesse a mão ao invés de criticar! Que pedisse ajuda e colaboração de todos os brasileiros para termos o mínimo de mortes possíveis!

Assisti muitas corridas de Ayrton Senna pela Fórmula 1. Uma das temporadas mais memoráveis foi quando ele, mesmo conduzindo um carro com rendimento abaixo dos demais, conseguia se manter na liderança. Ayrton fazia verdadeiros milagres no asfalto. Tirava leite de pedra. Chegava na frente. Sempre liderava.
T
odos sabem das condições precárias do Sistema de Saúde Público Brasileiro. Algo caótico. Cheio de remendos. Dificílimo de administrar. Um amontoado de problemas. Informações desencontradas por toda parte. Problemas e mais problemas. Uma verdadeira torre de babel.  Para a maioria, uma imensa ameaça. Para poucos, uma tremenda janela de oportunidades.  

Eis o desafio. Um grande desafio, aliás.

Como equipará-lo aos melhores sistemas de saúde do mundo, apesar de suas grandes limitações? Como azeitá-lo diante de tantos entraves? Como fazê-lo alçar grandes voos  em meio a destroços? Como obter resultados promissores contando apenas com  paupérrimos recursos?
B
olsonaro deixou passar uma excelente oportunidade de mostrar liderança. Liderança em sua própria equipe de Governo. Liderança diante de toda a classe política e empresarial nacional. Liderança frente aos grandes estadistas e chefes de governo do mundo.  

Ao final, arregimentou contra si uma equação macabra. Por um lado, subtraiu e dividiu aliados. De outro, adicionou e multiplicou opositores.   

Como brasileiro, tomara que não tenha que provar novamente do gosto amargo da fatídica derrota no mundial de clubes.  

Que Deus nos proteja!!!

segunda-feira, 13 de abril de 2020

POR QUE O NOVO CORONAVÍRUS É DIFERENTE DOS DEMAIS AGENTES TRANSMISSORES DAS DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS?


(*) Artigo publicado também no Fato Amazônico (www.fatoamazonico.com.br)

Diariamente, o corpo humano se expõe a um número grande de doenças classificadas como “infectocontagiosas”. São assim conhecidas porque possuem alto grau de contágio e proliferação. A característica comum desse grupo de doenças é que todas elas são causadas por quatro tipos de micro-organismos: vírus, bactérias, protozoários e fungos.
Para proteger o corpo humano contra elas, há dois tipos de barreiras: a natural, representada pelo sistema imunológico humano; e as artificiais, representadas pelas drogas e vacinas. Na verdade, as drogas e vacinas ajudam o sistema imunológico a lutarem contra as doenças infectocontagiosas. As vacinas aumentam a capacidade de o sistema de matar o agente transmissor. As drogas, por sua vez, atuam sobre o próprio agente transmissor, impedindo-o de danificar as estruturas internas do corpo. São duas frentes de combate. Em outras palavras: enquanto as vacinas impedem que você fique doente; as drogas, embora não tenham essa capacidade, ajudam o doente a se recuperar mais rapidamente, alcançando a cura.
Há um grupo de doenças infectocontagiosas que já possuem vacinas. Sarampo, febre amarela e tuberculose estão entre elas. Se, contudo, alguém vir a ser infectado por alguma delas, existe uma segunda barreira protetora: as drogas para o tratamento dos infectados. Além disso, o próprio sistema imunológico humano ajuda no combate aos vírus, bactérias, fungos e protozoários.
Portanto, contra esse grupo de doenças o organismo humano possui TRIPLA PROTEÇÃO: as vacinas, as drogas e o sistema imunológico.
Há, contudo, outro grupo de doenças infectocontagiosas que não possui ainda vacina para impedir que o organismo adoeça. Aids, Hanseníase, Hepatite C, Malária e Sífilis ocupam esse grupo. No entanto, a boa notícia é que existem drogas para combatê-las. A cloroquina, por exemplo, é a droga indicada no tratamento da malária. Contra a Aids existem 22 tipos de drogas, dentre as quais Abacavir (ABC), Didanosina (ddI), Lamivudina (3TC), Tenofovir (TDF) e Zidovudina (AZT). No tratamento da Hepatite C é usado o sofosbuvir, com bons resultados. Para os indivíduos acometidos de sífiles a penicilina benzatina é recomendada no tratamento. Também aqui o sistema imunológico atua como uma segunda e importante barreira natural.
Com efeito, o organismo humano possui DUPLA PROTEÇÃO contra esse grupo de doenças: as drogas e o sistema imunológico.
Por fim, existe ainda uma terceira família de doenças infectocontagiosas que não contam com nenhuma droga e/ou vacina para proteger o organismo humano contra os agentes patológicos. É o caso típico da Covid-19. Em relação a ela NÃO HÁ DROGA E NEM VACINA. O sistema imunológico humano tem que se virar sozinho. Ele  É A ÚNICA CAPA PROTETORA do organismo humano.
Por isso o ISOLAMENTO SOCIAL É MUITO IMPORTANE. A medida atua como uma  PROTEÇÃO ADICIONAL para o organismo, reduzindo as possibilidades de contágio.
Ora, pessoas com sistemas imunológicos deficientes ou vulneráveis tornam-se, portanto, mais frágeis que as demais. AQUI NASCE O GRUPO DE RISCO. Os idosos, em primeiro lugar; juntamente com portadores de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, indivíduos submetidos a tratamentos contra o câncer, dentre outros.

Evidentemente que as pessoas que não fazem parte desse grupo também só dispõe de seus sistemas imunológicos para lutarem contra o vírus. Acontece que por serem indivíduos mais jovens ou mais saudáveis, suas defesas naturais – representadas aqui pelos leucócitos – têm mais vigor para combater o vírus sozinhas, ante à ausência de drogas ou vacinas  para auxiliá-las. No entanto, um sistema imunológico robusto não é garantia de sucesso. É por isso que muitos indivíduos desse grupo têm vindo a óbito. Nessa roleta russa, É IMPOSSÍVEL GARANTIR QUE AS DEFESAS NATURAIS DESSES INDIVÍDUOS SAIAM VITORIOSAS.
Por último, há, ainda, um argumento que muitas pessoas recorrem para sustentar um possível exagero na preocupação com a Covid-19.
Alguns dizem: “Mas a Tuberculose ou a Hepatice-C matam muito mais do que o novo coronavírus e ninguém nunca falou nada!”.
Afirmações dessa natureza têm que ser tomadas com reservas.
Como disse, contra o novo Coronarírus o organismo humano só pode contar com apenas uma camada protetora (o sistema imunológico), diferentemente das demais doenças infectocontagiosas que contam, algumas delas, com uma tripla camada; e outras, com duplas camadas protetoras. Aí já reside um grande diferencial.
Não bastasse isso, há mais dois outros componentes altamente letais reunidos no novo Coronavírus: o elevadíssimo grau de contágio e a rápido lesão causada por ele nos pulmões. Em outras palavras: enquanto o vírus da tuberculose demora a agir dentro do organismo, isto é, demora a produzir lesões o que, aliás, é um ótimo aliado no tratamento do paciente já haverá tempo para as autoridades médicas agirem; o novo Coronavírus age muito rápido. Basta alguns dias para ele produzir estragos profundos no sistema pulmonar humano, com ramificações para outros órgãos importantes como o coração e os rins.
Quanto às altas taxas de mortalidades das demais patologias infectocontagiosas, a explicação é relativamente simples.
Nenhuma droga garante que 100% dos pacientes tratados irão ser curados. O que há é uma PROBABILIDADE MAIOR DE SUCESSO NO TRATAMENTO. Mas certeza não há. Não há porque a cura também passa pelas condições clínicas de cada paciente. Alguns indivíduos podem apresentar doenças paralelas que reduzem a eficácia do tratamento. As condições clínicas, portanto, de cada indivíduo é que farão a diferença nos tratamentos. E mesmo indivíduos que aparentemente não apresentem patologias paralelas podem não responder às drogas vindo a óbito. Isso acontece porque o organismo humano é extremamente complexo. Sua estrutura, funcionamento e condições gerais variam de pessoa para pessoa.
Por outro lado, muitas pessoas não colaboram com o tratamento. Alguns o abandonam ou não tomam a medicação como prescrito pelo médico ou, ainda, até tomam, mas esquecem de tomar algumas vezes.
Todos esses fatores em conjunto explicam a taxa de mortalidade de muitas patologias, apesar de contarem com drogas potentes na recuperação do paciente.
Ademais, os números são gerados naturalmente pela lei da probabilidade.

Como disse, não há como assegurar que todos os tratamentos por drogas será 100% eficaz. Assim como não há como garantir que um paciente submetido a uma simples cirurgia de vesícula não venha a óbito durante a intervenção cirúrgica; muito embora apresentasse excelentes condições clínicas.
Grosso modo, isso equivale às perdas nos processos produtivos das indústrias.
Um alfaiate, ao fabricar uma camisa ou um termo, não aplicará 100% dos tecidos comprados para sua fabricação. Uma parte do tecido se perderá, naturalmente. Ela é inerente ao processo produtivo. Guardadas as devidas proporções, o mesmo acontece no tratamento de um paciente. Não há como garantir que 100% deles alcançarão a cura por meio das drogas disponíveis. Nesse caso, infelizmente os óbitos poderão decorrer da própria trajetória do tratamento.
Outro fator importante é o tempo de convívio da humanidade com cada agente patológico.
O bacilo da tuberculose, por exemplo, foi descoberto em 1882. Lá se vão cento e poucos anos. O convívio com o novo Coronavírus é muito recente. Tem pouco mais de 3 meses. Mas com apenas três meses já mostrou a força de seu veneno.
O que quero dizer é que, quanto mais tempo de contato tiverem novos humanos com um vírus, tanto mais a probabilidade de indivíduos morrerem em decorrência dele. Isso dependerá, contudo, da descoberta de drogas e vacinas eficazes, além, é claro, da pronta disponibilidade dessas vacinas e drogas às populações.

ALIPIO REIS FIRMO FILHO
Conselheiro Substituto – TCE/AM  e Doutorando em Gestão

domingo, 12 de abril de 2020

CORONAVÍRUS E OUTRAS DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS

1 - Diariamente, o corpo humano se expõe a um número grande de doenças classificadas como “infectocontagiosas”, causadas por vírus, bactérias, protozoários e fungos.
2 - Para proteger o corpo humano contra elas há dois tipos de barreiras: a natural, representada pelo sistema imunológico humano; e as artificiais, representadas pelas drogas (remédios) e vacinas.
3 - As vacinas impedem que você fique doente; as drogas (remédios) ajudam o doente a se recuperar, alcançando a cura.
4 - Há um grupo de doenças infectocontagiosas que já possuem vacinas, tais como sarampo, febre amarela e tuberculose. Se, ainda assim, alguém adoecer recorre-se aos remédios para o tratamento dos infectados. Além disso, o próprio sistema imunológico humano luta contra os vírus, bactérias, fungos e protozoários.
5 - Portanto, contra o referido grupo de doenças há uma TRIPLA PROTEÇÃO para o organismo humano: as vacinas, as drogas (medicamentos) e o sistema imunológico.
6 - Há um outro grupo de doenças infectocontagiosas que não possui ainda vacina para impedir que o organismo adoeça, tais como aids, hanseníase, hepatite C, malária e sífilis. Há, contudo, drogas (medicamentos) que ajudam o infectado a se recuperar. Para o tratamento dos aidéticos há 22 tipos de medicamentos.
7 - Contra esse grupo de doenças o organismo humano conta com uma DUPLA PROTEÇÃO: as drogas e o sistema imunológico.
8 - Por fim, há um terceiro grupo de doenças infectocontagiosas QUE NÃO CONTAM COM NENHUMA VACINA E/OU DROGA PARA PROTEGER O ORGANISMO. A Covid-19 é uma delas. Em relação a esse grupo NÃO HÁ DROGA E NEM VACINA. O sistema imunológico humano tem que se virar sozinho. Ele É A ÚNICA CAPA PROTETORA do organismo humano.
Por isso o ISOLAMENTO SOCIAL É MUITO IMPORTANTE. A medica atua como uma CAPA PROTETORA ADICIONAL para o organismo, reduzindo as possibilidades de contágio.

terça-feira, 7 de abril de 2020

A CLOROQUINA E A COVID-19


(*) Artigo publicado no Fato Amazônico (www.fatoamazonico.com.br)

Há uma dúvida que é recorrente entre as pessoas e vem circulando nas redes sociais: se a Cloroquina tem se mostrado eficiente em alguns casos, por que então os médicos não a administram aos pacientes muito antes que eles apresentem o agravamento de seu quadro clínico?
Embora eu não seja infectologista ou profissional da medicina, tenho lido muito sobre a Covid-19. Nessa caminhada literária, já vi vários depoimentos de médicos e infectologistas sobre a Cloroquina ou Hidroxicloroquina. De tudo o que tenho lido e ouvido, dá para fazer algumas considerações a respeito.
Cada medicamento tem suas próprias particularidades, pois sua composição é feita sob medida, isto é, para atender a uma patologia específica. Quando os órgãos de vigilância e saúde liberam um medicamento para uso é porque tais medicamentos já possuem um protocolo fechado, construído ao longo de um extenso período de pesquisa. O que os médicos chamam de protocolo nesses casos? Simples: idade do paciente, suas condições orgânicas, horários para ingestão da medicação, quantidade de doses, efeitos colaterais catalogados (leves, moderados e graves), dentre outros. Muitas pesquisas duram um longo espaço de tempo (5 anos, 10 anos, 20 anos, 30 anos ou mais). Tal protocolo, no entanto, SERVE APENAS PARA A PATOLOGIA QUE MOTIVOU A PESQUISA, NÃO PARA OUTRAS PATOLOGIAS, AINDA QUE SEMELHANTES.
Cada protocolo é como se fosse uma roupa feita sob medida para uma pessoa (para uma doença ou patologia). Nesse sentido, se usarmos a roupa confeccionada para um  indivíduo em outra pessoa, é possível que suas medidas caibam exatamente no corpo do novo indivíduo. Mas é possível também que a vestimenta fique folgada, apertada, muito longa ou curta demais; enfim, pode ser que a indumentária não sirva para a nova pessoa. Em medicina isso se chama EFEITOS COLATERAIS.
No caso da Covid-19, pelo vírus apresentar semelhanças com outros vírus que já possuem protocolos fechados, isto é, protocolos prontos; os pesquisados estão tentando aplicar esse protocolo (formulado inicialmente para a malária) para combater o vírus. Lembremos, entretanto, que o protocolo está sendo usado ALTERNATIVAMENTE, mas ainda não é um protocolo fechado, até porque ele foi construído para um tipo específico de anomalia (MALÁRIA) e não para a Covid-19. Uma das preocupações dos médicos é com os efeitos colaterais da Cloroquina. Uma delas é a arritmia cardíaca que, num paciente com malária, pode seguir protocolos seguros, mas em pacientes da Covid-19 pode ser perigoso e mesmo LETAL. Por isso é que os médicos só usam a droga em último caso, quando o paciente já não mais responde às medidas tomadas para salvar-lhe a vida. Em alguns casos, há pacientes que responderam positivamente, isto é, eles se recuperaram ou tiveram os sintomas da doença reduzidos. Em outros, contudo, infelizmente os pacientes foram a óbito, talvez, decorrente do próprio uso do medicamento, dada suas frágeis condições clínicas.
É por isso que a recomendação médica é no sentido de que todos evitem o uso da droga por conta própria. É preferível e seguro deixarmos para os médicos decidirem quando aplicá-la. Evitemos a automedicação, pois isso poderá representar perigo para a própria saúde.

segunda-feira, 30 de março de 2020

A MATEMÁTICA DA COVID-19


* Texto publicado também na minha coluna Gestão no Fato Amazônico (www.fatoamazonico.com)

Há uma tabela que vem circulando nas redes sociais que mostra o grau de letalidade da Covid-19 em comparação com outras doenças infectocontagiosas como a tuberculose, o HIV e a febre amarela. A tabela é a seguinte:




A partir de uma leitura apenas superficial a conclusão óbvia é que a Covid-19 mata infinitamente menos que a tuberculose e a hepatite B, p. exemplo. Ressalto, entretanto, que os indicadores, da forma como estão apresentados, induzem a erro; pois alimentam a falsa ideia de prevenção exagerada frente à Covid-19.

Já vi muitas afirmações do tipo “cuidado com a histeria!!” (fazendo alusão às referidas taxas de mortalidade). Evidentemente que condutas histéricas são condenáveis em qualquer circunstância. O pânico é execrável em todas as suas formas. Mas isso não impede que se tomem as medidas necessárias para enfrentar o mal.  

Disse que a tabela leva a conclusões errôneas porque, de todas as doenças listadas, a Covid-19 é a única que não possui uma droga eficaz para enfrenta-la. Não tem um protocolo médico definido. A comunidade científica ainda sabe muito pouco sobre como o vírus se comporta no organismo e, principalmente, em ambientes externos.  Há várias dúvidas. P. exemplo, é sabido que o vírus é transmitido mais rapidamente em ambientes úmidos e frios. Já em ambientes secos e frios as interrogações ainda persistem. Também não se sabe exatamente quanto tempo o vírus sobrevive em algumas superfícies, como os tecidos do vestuário. Ou seja, a comunidade científica ainda está “tateando no escuro”, na base da tentativa e do erro, natural em pesquisas exploratórias. Eles convivem poucos meses com o vírus. Aliás, o próprio vírus ainda está circulando em várias regiões do planeta, algumas absurdamente diferentes daquela onde ele começou a proliferar.   Por isso, ainda falta muito para que os protocolos médicos sejam fechados.  

Portanto, qualquer análise feita sobre a Covid-19 precisa levar em consideração tais  particularidades. Do contrário, as conclusões extraídas poderão ser equivocadas.

Outro aspecto que merece ser melhor entendido é quanto ao número de idosos de um país como fator estimulante de contágios, como o que vem acontecendo na Itália, p. exemplo.  Muitas pessoas têm concluído que a alta incidência do número de idosos por lá (a Itália é o país com maior número de idosos em toda a União Européia e o segundo no ranking do mundo, perdendo apenas para o Japão) explica a elevada incidência do vírus. Por algum motivo, dizem alguns, as medidas de isolamento dos idosos foi deficiente e esse fator alimentou a espiral ascendente do contágio e da mortandade. Isso, em parte, é verdade.

Países com populações mais idosas apresentam (potencialmente falando) altas taxas de contágio e mortalidade. São mais vulneráveis, portanto. Seguindo essa premissa, as nações mais jovens teriam melhores condições de lidar com o vírus, pois suas baixas faixas etárias funcionariam como uma importante barreira.  

O problema, contudo, não é esse.  Conquanto a presença de altas taxas de populações idosas em um país influencie o grau de contágio e a mortalidade pela Covid-19 elas não são determinantes para, por si só, estimularem a proliferação da doença. Outros fatores podem anular essa tendência, a exemplo do que acontece no Japão cuja população de idosos é a maior do planeta, com seus 35,8 milhões de pessoas. Lá, o número de infectados acontece mais lentamente em relação aos países que a Organização Mundial de Saúde tem catalogados infectados. Sua taxa de mortalidade gira em torno de 2,9%, inferior, à média mundial de 3,9%. O sucesso no enfrentamento do vírus pelo Japão vem de suas ESTRATÉGIAS. São elas que realmente fazem a diferença. Aliás, não apenas lá, mas em qualquer país do mundo. O sucesso no combate à pandemia dependerá de como cada país irá enfrenta-la. Uma das estratégias japonesas é testar todos os casos de pneumonia. Os casos graves são encaminhados para hospitais, enquanto os sintomas leves vão para a casa sob orientação.   

Portanto, o "X" da questão não é exatamente  o percentual (alto/baixo) do número de idosos num país. Também não consiste na maior incidência do vírus sobre os idosos e os portadores de doenças crônicas (diabéticos, hipertensos, renais crônicos, pessoas com câncer, etc.). O "X" da questão gira em torno de uma equação simples em que comparece, de um lado, o número disponível de leitos em UTIs e, de outro, a demanda por eles.

Em primeiro lugar, é importante assinalar que nenhum país do mundo dispõe de UTIs em quantidade igual ou superior ao número de sua população idosa. Evidentemente que estamos falando de UTIs para adultos. Ou seja, se de uma hora para a outra todos os idosos de uma nação precisarem de um leito de UTI haverá um déficit entre a demanda e a oferta. Esse quadro se agrava quando é somada à população de idosos o número de doentes crônicos cujos sistemas imunológicos são igualmente vulneráveis.

Só por aí se vê que todos os países do mundo convivem com um risco de completa falta de assistência às populações mais vulneráveis. No caso da Covid-19, pelo fato de não existir nenhuma droga capaz de detê-lo, a doença estimula a demanda por assistência em UTIs do referido grupo, o que pode ocasionar seu estrangulamento. É como colocar fogo em mato seco.

Como não há ainda nenhuma substância eficaz contra o vírus, o sistema imunológico de cada paciente terá de lutar sozinho contra ele. Trata-se de uma luta absurdamente  desigual, pois os sistemas imunológicos desses pacientes, como disse, já são vulneráveis por natureza. Algo parecido como uma luta entre alguém de, digamos, 30 anos de idade, que goze de perfeita saúde; e um ancião de 70 ou 80 anos de idade. Convenhamos: é uma luta desproporcional, com amplas possibilidades para a derrota do paciente (morte).

De acordo com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira, no Brasil há em torno de 27.709 leitos de UTIs para adultos (dados de dezembro de 2016). Nossa população idosa é de 30 milhões de pessoas (com 60 anos ou mais). Segundo a sociedade brasileira de infectologia, 5% dos infectados pelo vírus vão precisar de tratamento intensivo em UTIs. Logo: 5% sobre 30 milhões = 1,5 milhões de almas. Isso sem considerar o número de pessoas com doenças crônicas!

A grande preocupação da sociedade médica no Brasil (e no mundo) reside exatamente aqui. Eis o nó da questão! Se houver uma taxa de contágio muito acelerada, o risco de déficit em UTIs é grande (1,5 milhões de indivíduos para uma oferta de 27.709 UTIs). O quadro levaria inevitavelmente ao ESTRANGULAMENTO de todo o sistema de saúde no País, a tal ponto de, realmente, os médicos terem que optar entre quem vai viver e quem vai morrer (sem drama!!). Isso sem considerar que a distribuição de UTIs por região geográfica é desigual. As UTIs se concentram mais nas regiões sul e sudeste ficando mais rarefeitas no norte e no nordeste. Uma explosão de contágios no norte e nordeste seria catastrófico.  

É importante ter em mente também que um paciente que precisa de cuidados numa Unidade de Terapia Intensiva por motivo da Covid-19 exige, em média, duas semanas para se recuperar, ou seja, catorze dias. Obviamente que quanto mais idoso for o paciente mais tempo ele exigirá. Esse quadro também contribui para reduzir ainda mais as disponibilidades de leitos de UTIs, agravando ainda mais o problema. Isso tudo sem levar em consideração que parte dos 27,7 mil leitos de UTIs disponíveis já estão ocupados por pacientes em tratamento de outros males (acidente vascular cerebral, infarto, etc.). Ou seja, levando-se em consideração tal contingente, o número de UTIs disponíveis é ainda mais reduzido, agravando o quadro.   

Portanto, como disse, a discussão principal em torno da Covid-19 não gira propriamente em torno do número de idosos numa nação. Esse é um aspecto apenas preliminar e periférico. Qual o papel da população mais jovem como fator de prevenção do risco de déficit em UTIs? Um apenas: não funcionarem como agentes transmissores. Em outras palavras: DEVEM SER MINIMAMENTE INFECTADOS. Quanto menos essa população se expor ao contágio, melhor, pois não atuariam como intermediários entre o vírus e a população mais vulnerável. Daí a necessidade de ISOLAMENTO, inclusive, dessa população menos vulnerável.

Ou seja, a CAPACIDADE DE O SISTEMA DE SAÚDE RESPONDER AOS INFECTADOS QUE PRECISAREM DE UTIs passa pela SAÚDE DA POPULAÇÃO MAIS JOVEM E/OU QUE NÃO ESTÃO NO GRUPO DE RISCO. Além, é claro, da adoção de medidas igualmente eficazes no combate à pandemia como TESTAGENS EM MASSA OU APENAS LOCALIZADAS (testagens cirúrgicas), CONTROLE DA POPULAÇÃO DE INFECTADOS e TOMADA DE TEMPERATURAS DOS INDIVÍDUOS em ambientes de grande circulação de pessoas  como farmácias e supermercados; além, evidentemente, dos cuidados básicos que todos os dias batem à nossa porta (lavar as mãos, uso de álcool em gel, higienização de alguns compartimentos da casa e do ambiente de trabalho, uso de máscaras, etc.).

Por fim, é importante mencionar alguns dados da Organização Mundial da Saúde quanto à eficácia do isolamento no combate ao vírus. Em ambientes socialmente isolados um agente infectado transmite o vírus para 2 ou 3 pessoas. Já nos locais em que o isolamento social não fora adotado e que igualmente não contam com outras medidas eficazes de combate ao vírus, o número de infectados sobe para 6 por agente transmissor.

Em síntese, a luta contra a Covid-19 não admite divisões em “isolamento vertical” ou “isolamento horizontal”. Isso é IRRELEVANTE no combate ao vírus e PREJUDICIAL às ações de prevenção. TODOS TÊM A MESMA PARCELA DE RESPONSABILIDADE, SEJA OS DO GRUPO DE RISCO OU NÃO.


domingo, 15 de março de 2020

PARA ENTENDER O QUE ESTÁ ACONTECENDO NA ITÁLIA (CORONAVÍRUS)

Como todos sabem, os idosos são a faixa da população mais vulnerável ao Covid-19. A Itália é o país da União Européia cujo número de idosos frente à população mais jovem é o que apresenta maior proporção: 165 idosos para 100 jovens. Ou seja, é o país com população mais idosa na União Européia. Isso sugere que países com alta taxa de população idosa apresentam mais vulnerabilidade frente ao Covide-19. Mas esse grau de vulnerabilidade pode ser anulado ou mitigado pelo sistema de saúde de cada país.

Os casos da Itália explodiram justamente por ela possuir esse perfil (alta taxa de população idosa). Além disso, estima-se que as autoridades médicas e sanitárias demoraram a adotar medidas mais duras frente à infecção. Houve explosão de casos justamente durante o carnaval italiano (Fev/2020). Qualquer semelhança com o Brasil não é mera coincidência. Esse, aliás, é um dado que deve nos fazer pensar (nós brasileiros).

Entre as medidas que deveriam ter sido tomadas à época - e que não foi tomada - encontra-se a proibição de aglomerações sociais. O problema é que isso gerou um descompasso entre a demanda por leitos hospitalares (UTIs) e a oferta desses leitos pela rede pública. A primeiro superou demasiadamente a última estrangulando todo o sistema hospitalar. O resultado desse embate todos nós estamos testemunhando.

Outro ponto que suscita uma certa apreensão é que o método escolhido pelas autoridades italianas para identificar indivíduos com infecção é o que estamos aplicando no Brasil: aguardar que os indivíduos infectados procurem o sistema público de saúde quando já apresentam sintomas (leves ou graves). Ou seja, os italianos aguardaram que os pacientes procurassem os postos de saúde.

O procedimento tem um grande limitador em si, dizem os especialistas. É que ele não consegue identificar os casos assintomáticos, isto é, a camada da população que já está infectada, mas cujo organismo ainda não apresentou nenhum sintoma. Essa faixa de indivíduos, por sua vez, é um potencial transmissor de vírus, tudo à revelia do sistema de saúde.

A solução da Coreia foi justamente o contrário: houve testagem da população em massa. Ou seja, lá, o sistema de saúde foi em direção aos indivíduos, infectados ou não. Isso possibilitou identificar, inclusive, os casos assintomáticos. Por isso o número de novos casos (e mortes) por lá é muito mais baixo que na Itália, muito embora o país esteja geograficamente mais próximo da China que a Itália.

Em suma, fica a reflexão para o governo brasileiro e as autoridades públicas e sanitárias daqui. Precisamos aprender com os erros e os acertos de outros. Além de uma conduta proativa demonstra, acima de tudo, SABEDORIA.

Fica a dica.