domingo, 26 de abril de 2015

CURSO ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

Pessoal, segue informações sobre o Curso ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA a ser ministrado pelo Professor Reginaldo Oliveira.

Recomendo!!

Alipio Filho


QUESTÃO DE PROVA COMENTADA: CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO

(FCC/2014/Analista de Controle Externo – Contabilidade/TCE-GO) Com relação às demonstrações contábeis a serem elaboradas e divulgadas pelas entidades do setor público, considere:

I. A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido −DMPL evidencia a movimentação havida em cada componente do Patrimônio Líquido com a divulgação, em separado, dos efeitos das alterações nas políticas contábeis e da correção de erros.

II. A Demonstração das Variações Patrimoniais evidencia as variações quantitativas, o resultado patrimonial e as variações qualitativas decorrentes da execução orçamentária.

III. O Balanço Orçamentário evidencia as receitas e as despesas orçamentárias, detalhadas em níveis relevantes de análise, confrontando o orçamento inicial e as suas alterações com a execução, demonstrando o resultado patrimonial da entidade.

IV. A Demonstração dos Fluxos de Caixa permite aos usuários projetar cenários de fluxos futuros de caixa e elaborar análise sobre eventuais mudanças em torno da capacidade de manutenção do regular financiamento dos serviços públicos.

V. O Balanço Patrimonial, estruturado em Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, evidencia o resultado orçamentário do exercício.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) III, IV e V.
(B) I e II.
(C) II, III e IV.
(D) II, IV e V.
(E) I, II e IV.


Resposta: alternativa E. Solução: Alternativa I correta: as demonstrações contábeis aplicadas ao setor público estão todas previstas na NBC T 16.6, aprovada pela Resolução CFC 1133/08. Dentre estas, consta a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL. Essa demonstração, aliás, não constava na redação original da Resolução. Foi incluída posteriormente por intermédio da Resolução CFC 1437/13. O conteúdo indicado na alternativa em questão reproduz, literalmente, o constate na aludida Resolução. Conforme assinala o normativo, a DMPL deverá ser elaborada pelas empresas estatais dependentes, entendidas estas como as empresas controladas que recebam do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária (inciso III, art. 2º, da Lei de Responsabilidade Fiscal); bem como, pelos entes que as incorporarem no processo de consolidação das contas.  Alternativa II correta: da mesma maneira que no comentário precedente, a alternativa reproduz a descrição contida na NBC T 16.6 para a Demonstração das Variações Patrimoniais. Conquanto, por esse prisma, a alternativa esteja correta, a definição do Conselho Federal de Contabilidade não é boa. Ela induz à conclusão de que a DVP congrega apenas as variações quantitativas e qualitativas decorrentes da execução orçamentária. Preferimos a definição legal contida na Lei 4.320/64 segundo a qual a Demonstração evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício (art. 104). Essa definição, a propósito, foi prestigiada pelo Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público. Com efeito, não somente a execução orçamentária poderá gerar variações patrimoniais. Também situações fortuitas (depreciação de um maquinário, doações de bens, desaparecimento de bens por sinistros, etc.) podem ocasioná-las. Alternativa IV correta: conteúdo de acordo com o especificado na NBC T 16.6. A Demonstração dos Fluxos de Caixa deverá substituir o Balanço Financeiro futuramente, tão logo seja aprovada a lei de finanças públicas que substituirá a Lei 4.320/64. Nota: as alternativas III e V estão incorretas pois, respectivamente, os referidos balanços demonstrarão os resultados orçamentário e patrimonial do período. 

MCASP 6º EDIÇÃO

Pessoal, publicamos o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público CONSOLIDADO. Clicar AQUI para baixá-lo.

Boa leitura!!

sexta-feira, 24 de abril de 2015

QUESTÃO DE PROVA COMENTADA: LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

03 - (FCC/2014/Analista de Controle Externo – Contabilidade/TCE-GO) De acordo com a Lei Complementar no 101/2000, integra o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias − LDO e acompanha o projeto de Lei Orçamentária Anual − LOA, respectivamente, o

(A) relatório de gestão fiscal e o relatório resumido da execução orçamentária do exercício imediatamente anterior.
(B) orçamento de investimento das empresas estatais e o orçamento da seguridade social.
(C) anexo de metas fiscais e as medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado.
(D) relatório de gestão fiscal do exercício imediatamente anterior e o anexo de riscos fiscais para o exercício a que se referir.
(E) anexo de metas fiscais e o demonstrativo da evolução do patrimônio líquido nos três últimos exercícios.


Resposta: alternativa C. Solução: o anexo de metas fiscais integra o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (§ 1o , art. 4º, da Lei de Responsabilidade Fiscal) e as medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado acompaharão o projeto de Lei Orçamentária Anual (inciso II, art. 5º, da LRF).

quinta-feira, 23 de abril de 2015

DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES



As Despesas de Exercícios Anteriores – DEA’s estão disciplinadas pelo art. 37 da Lei nº 4.320/64. Além desse dispositivo, cada ente da Federação poderá regulamentar a matéria visando atender às suas peculiaridades, desde que, é evidente, observe os limites traçados pelo Diploma Legal. As DEA’s correspondem a autorizações dadas na lei orçamentária, destinadas a atender a compromissos gerados, conforme o título aduz, em exercícios anteriores. Foram criadas a fim de se desestimular o administrador público a solicitar autorizações para a abertura de créditos especiais cujo objeto contemplasse despesas dessa natureza. Isto porque nem toda despesa empenhada em cada ano necessariamente foi nele gerada ou constituída. Assim, é possível que um dado empenho contemple despesas cuja entrega do bem, obra ou serviço tenha ocorrido em anos anteriores. Mas... em que hipóteses o administrador público recorrerá ao empenho à conta de Despesas de Exercícios Anteriores? A resposta é dada pelo dispositivo referenciado, que assim dispõe: “As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que se tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos (Ver Anexo da Portaria nº 163/2001), obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica”.

Assim três são as hipóteses:

a) despesas com saldo suficiente para atendê-las e não processadas no mesmo exercício financeiro: ao longo de todo o ano, o Poder Público procede ao empenho de suas despesas, comprometendo-o com um determinado fornecedor. Ao final do exercício, entretanto, é possível que este fornecedor, por motivos diversos, não realize a prestação que se obrigou: não entregue o bem, não preste o serviço ou não realize a obra ou sua etapa. Em outras palavras, tais despesas não se processaram. Nessas situações, as alternativas à disposição do administrador público são apenas duas: ou ele mantém o valor empenhado inscrevendo seu beneficiário em restos a pagar; ou procede à anulação do empenho correspondente. Na hipótese de ele optar por esta última alternativa, o pagamento que vier a ser reclamado em exercícios futuros (pelo fornecedor) poderá ser empenhada novamente, só que à conta de Despesas de Exercícios Anteriores.

b) restos a pagar com inscrição interrompida: retomando a situação descrita no item precedente, na hipótese de o administrador público, entretanto, optar por manter o empenho correspondente, inscrevendo-o em restos a pagar, também é possível, por razões diversas, que o fornecedor não implemente a prestação que se obrigou durante todo o transcorrer do exercício seguinte. Nessa hipótese, o administrador público poderá cancelar o valor inscrito. Se assim ocorrer, o valor que vier a ser reclamado no futuro pelo fornecedor, também poderá ser reempenhado à conta de Despesas de Exercícios Anteriores.

c) compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente: em dadas situações, alguns compromissos são reconhecidos pelo administrador público após o término do exercício em que foram gerados. Um bom exemplo dessas situações é o caso de um servidor público cujo filho tenha nascido em dezembro de um ano qualquer mas que somente veio a solicitar o benefício do salário-família em janeiro do ano subseqüente. Para proceder ao pagamento das despesas relativas ao mês de dezembro, é preciso, primeiramente, reconhecê-las e, após, empenhá-las à conta de Despesas de Exercícios Anteriores. Tais despesas, portanto, sofrem o empenho pela primeira vez, diferentemente das outras duas situações apontadas, cujos objetos já sofreram empenhos no passado. Quanto às despesas relativas ao mês de janeiro e seguintes, serão empenhadas no elemento de despesa correspondente (elemento “09”, de acordo com o Anexo II da Portaria Interministerial nº 163/2001).

Ao proceder o reconhecimento dos compromissos, o administrador público ordenará o correspondente pagamento, no mesmo processo em que reconhecer a dívida, oportunidade em que discriminará, pelo menos, os seguintes elementos: • Importância a pagar; • Nome, CPF ou CNPJ e endereço do credor; • Data do vencimento do compromisso; • Causa da inexistência do empenho, no elemento próprio, à conta do orçamento vigente Mencione-se ainda que, conforme orienta o dispositivo em comento, os pagamentos das dívidas assim reconhecidas deverão obedecer, sempre que possível, a ordem cronológica. Despesas de Exercícios Anteriores versus Lei de Responsabilidade Fiscal O caput do art. 42 da LC nº 101/2000 assim dispõe:  “É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito”.

Consoante doutrina dominante, o dispositivo em causa foi inserido no texto da referida lei a fim de se tentar coibir a prática (comum entre nós) de, a cada virada de mandato, os governantes transferirem para seus sucessores dívidas constituídas no último ano de seus mandatos. A partir da Lei de Responsabilidade Fiscal, mencionada prática, a princípio, deveria ter sido obstada ante à proibição legal. Dizemos “deveria” porque o que se observa é que muitos governantes, a fim de fugirem ao regramento em referência, passaram a incorporar a prática (nociva) de cancelar os empenhos emitidos em sua gestão deixando tão-somente, no último ano de seus mandatos, aqueles com suficiente disponibilidade financeira. Com tal prática, acabam “atendendo” ao comando legal, mas continuando a transferir as dívidas por eles constituídas a seus sucessores. Exemplifiquemos com uma administração que apresenta os seguintes dados nos últimos dois quadrimestres de seu mandatário: - total de empenhos emitidos: $ 1.000 u.m. - montante arrecadado no período: $ 800 u.m. - total de empenhos anulados: $ 200 u.m. O próximo mandatário herdará, portanto, uma dívida contraída por seu antecessor no valor de $ 200 unidades monetárias.


Tal situação é nociva à administração das contas públicas na medida em que a dívida contraída (e não paga) terá de ser saldada pelo próximo governante, fato que, indubitavelmente, pressionará o caixa de seu primeiro ano de mandato. Essa situação é, ainda, “legitimada” em razão da existência de dotações na rubrica Despesas de Exercícios Anteriores cujo volume máximo a ser executado em cada ano e em cada ente não encontra regramento no Direito Financeiro nacional. Com efeito, temos uma porta aberta ao descontrole das contas públicas que, a nosso ver, poderia ser fechada se fosse disciplinada a utilização daquela rubrica orçamentária estabelecendo-se, p. exemplo, limites máximos à sua execução, a exemplo do que ocorre com as despesas com pessoal e dívida pública. A situação ilustrativa acima adquire um contorno mais agressivo quando o administrador, sabendo que não contará com disponibilidades financeiras suficientes, sequer emite os empenhos correspondentes. Com efeito, o novo governante somente irá tomar conhecimento da dívida deixada no momento em que o fornecedor requerer seu pagamento. Na ilustração por nós relacionada bastaria que o novo administrador levantasse o rol de empenhos anulados no final do mandato para aferir o montante das dívidas contraídas.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

MINHA COLUNA SEMANAL NO FATO AMAZÔNICO

Clicar  AQUI para acessar a coluna. Tema desta semana: FALTA D'ÁGUA NO BRASIL.

Boa leitura!

QUESTÃO DE PROVA COMENTADA: ORÇAMENTO PÚBLICO

(FCC/2014/Analista de Controle Externo – Contabilidade/TCE-GO) Para responder às questões de números 01.1 a 01.3, considere as informações apresentadas, relativamente à classificação das receitas previstas na proposta orçamentária para o exercício de 2015, de determinado ente público.

No balancete do mês de novembro de 2014 de determinada entidade do setor público, entre outras, constam as seguintes Contas de Natureza Patrimonial:

Receitas previstas – Exercício de 2015
VALOR
Imposto de renda retido nas fontes sobre os rendimentos do trabalho
 250,00
Remuneração de depósitos bancários
60,00
Multas e juros de mora do imposto sobre a Propriedade de veículos automotores IPVA
40,00
Operações de crédito internas para programas de Modernização da Administração pública
400,00
Imposto sobre a propriedade de veículos automotores IPVA
350,00
Taxa pelo poder de polícia
200,00
Aluguéis
90,00
Cota-parte do Fundo de Participação dos Estados
70,00
Imposto s/ operações relativas a circulação de mercadorias e s/ prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal de comunicação - ICMS

600,00
Cota-parte da Compensação Financeira de Recursos Hídricos
80,00
Receita da dívida ativa do imposto sobre a circulação de mercadorias e prestação de serviços ICMS
160,00
Alienação de Bens Imóveis
1.200,00


As receitas Patrimoniais e de Capital somam, respectivamente, em reais,

(A) 150,00 e 1.600,00
(B) 60,00 e 1.200,00
(C) 1.350,00 e 400,00
(D) 150,00 e 1.200,00
(E) 90,00 e 1.600,00

Resposta: alternativa A. Solução: Receitas Patrimoniais: 60,00 (Remuneração de Depósitos Bancários) + 90,00 (Aluguéis); Receitas de Capital: 400,00 (Operações de crédito internas para programas de Modernização da Administração pública) + 1.200,00 (Alienação de Bens Imóveis). Nota: As Receitas Patrimoniais dos entes públicos são provenientes de contrapartidas financeiras pagas a eles por terceiros em razão do direito ao uso (por estes últimos) de bens e/ou direitos da titularidade dos primeiros. As receitas decorrentes da remuneração de depósitos bancários e de aluguéis são dois bons exemplos. Nessas duas modalidades,  um bem (dinheiro/imóvel) é entregue a terceiros (instituição financeira/locatário) para usufruto. No primeiro caso (remuneração de depósitos bancários) a instituição financeira, tendo a posse do bem (dinheiro), poderá utilizá-lo emprestando-o a pessoas físicas ou jurídicas cobrando uma taxa de juros mais alta que a paga ao ente governamental. A diferença positiva corresponderá ao seu lucro no negócio (conhecido como spread bancário). Na segunda hipótese (aluguel) o locatário poderá usufruir do imóvel público a partir da exploração de alguma atividade econômica (restaurante, lanchonete, estacionamento, etc.). Em ambas as situações o beneficiário deverá pagar uma certa quantia ao ente governamental gerando receitas patrimoniais para os cofres públicos. Uma característica marcante dessas receitas é que o ente não perde a condição de titular do bem entregue a terceiros. Mesmo durante o uso por parte destes, ele continuará sendo seu legítimo proprietário. As Receitas de operações de crédito e as alienações de bens estão contadas como integrantes das Receitas de Capital segundo o art. 12 da Lei 4.320/64.