domingo, 28 de fevereiro de 2021

54 ANOS DA ZONA FRANCA DE MANAUS: MOTIVO PARA ALEGRIA OU PREOCUPAÇÃO???

 (*) Texto publicado na Coluna Gestão no Fato Amazônico (www.fatoamazonico.com.br)

A Zona Franca de Manaus completa 54 anos. Há exatos 54 anos atrás nascia o modelo com o objetivo de alavancar a economia de uma região situada no coração da Floresta Amazônica. De lá para cá muita coisa mudou. O mundo também. Mas parece que o tempo parou por aqui. Parece que ainda vivemos nos idos de 1970 em que a febre “Zona Franca de Manaus” tomava conta do País.  

Sim. Os ganhos foram incontáveis nesses 54 anos. Disso não resta dúvida nenhuma. A grande questão é: e quanto ao nosso futuro? Estamos realmente preocupados com ele? O que estamos fazendo no presente para termos uma matriz econômica alternativa? Eu respondo: NADA. Eis o nosso grande calcanhar de aquiles.  

A economia global vem sofrendo grandes rupturas. Rupturas que irão mexer (ou já estão mexendo) com a vida de todos nós. Existem novas demandas que estão impulsionando novas formas de fazer negócios nos quatro cantos do planeta. Uma delas é a busca por fontes de energia renováveis. Dentro desse escopo, máquinas com soluções elétricas  despontam em vários países. Os motores elétricos são uma realidade há muito tempo. Mas só num período relativamente recente é que eles entraram na pauta da indústria dos transportes. Aqui, a Índia desponta como um grande mercado.

Em setembro de 2018 o país pretendia que até 2023 15% de sua frota de veículos fosse movida a eletricidade. No ano passado a fabricante indiana Northway Motorsports transformou seu modelo de veículo popular – Maruti 800 – num veículo elétrico. Em 2020 também a Hyundai anunciou a produção do SUV Compacto para a Índia. A promessa é que para 2022 o veículo seja totalmente elétrico. Mas não é apenas o setor de transportes que está sentindo essa demanda. Também o polo de 2 rodas vem sendo visitado cada vez com mais frequência por ela (bicicletas e motocicletas).

Mas talvez a mudança mais significativa e que promete impactar  a indústria eletroeletrônica – entenda-se, Zona Franca de Manaus – refere-se à produção de televisores.

Há vários anos os telefones móveis deixaram de ser apenas ferramentas de comunicação pessoal. Transformaram-se em smarts fones. Por meio da internet das coisas eles conseguem se conectar a vários outros dispositivos (estações de rádio e TV, dentre outros). Pois bem. Os televisores, na forma como atualmente os concebemos, tendem a desaparecer. Migrarão para dentro dos aparelhos celulares. Aliás, isso já é uma realidade em muitos países do mundo. Seu uso em massa, contudo, é apenas uma questão de tempo.

Conforme se vê, não temos muita margem de escolha. A produção em grande escala de motores elétricos em outras partes do mundo;  e  a  demanda cada vez mais frequente por televisores em telefones celulares são dois grandes problemas que ameaçam diretamente duas das mais importantes colunas da Zona Franca de Manaus. Evidentemente que nenhum deles poderá ser resolvido com emendas constitucionais, esticando o prazo de validade do modelo. Também não há como pressionar o Ministro da Fazenda do Brasil mediante discursos inflamados, buscando uma solução. É preciso que tenhamos consciência que  a solução vem de fora do País e, na verdade, não temos controle nenhum sobre ela. Justamente porque a solução depende exclusivamente das leis de mercado, muito mais poderosas e destrutivas (em alguns casos) que as leis jurídicas.

Uma das críticas que se levanta contra o modelo Zona Franca de Manaus é que ele se tornou e está se tornando cada vez mais obsoleto. Além de estar sustentada por soluções que daqui a pouco deixarão de existir, o modelo bem que poderia ser repensado imediatamente, a fim de  incorporar funcionalidades que poderiam lhe dar mais sustentabilidade. Como? Transformando-a numa zona de produção e desenvolvimento de inovações tecnológicas, à maneira da Zona Franca chinesa Shenzhen.

Em 1980 – dois anos após seu nascimento - a Shenzhen transformara-se numa zona de atração de novas tecnologias. A coisa deu tão certo que sua população cresceu de 30 mil habitantes para 12 milhões de pessoas em 2018. Seu PIB em 2018 bateu US$ 491 bilhões de dólares, o quarto maior PIB da China. Seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos representam o dobro da média nacional chinesa. Taí uma ótima alternativa para a nossa Zona Franca.   

As mudanças na economia são como ondas. Elas nascem em algum ponto do planeta e, rapidamente, se propagam em várias direções. Muito semelhante à pandemia no mundo. Dependendo da região onde essas ondas irão “quebrar”, sua força pode ser descomunal, à maneira de uma grande tsunami. Muitas tsunamis estão nascendo ao redor do planeta e ainda não nos damos conta disso. Insistimos em tentar manter a vida de um paciente numa UTI a peso de remédios (jurídicos), enquanto o corpo já não dá mais sinais de sobrevida. Por isso é tão importante a busca por alternativas. Aliás, já se passaram 54 anos e ainda não nos despertamos para isso. Continuamos a viver berço esplêndido.

Precisamos mudar rapidamente. Pensar nosso futuro. Observar as grandes tsunamis que estão se formando ao nosso redor e bater o martelo.

Do contrário, seremos submergidos por todas elas e voltaremos inevitavelmente  a ser  apenas um grande porto de lenha...

 

Alipio Reis Firmo Filho

Conselheiro Substituto – TCE/AM e Doutorando em Gestão   

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

MULHERES ELEGANTES

Por mais que se afadiguem, alguns exemplares femininos não conseguem passar sem serem distinguidas pelos olhos do sexo oposto. Numa rua. Numa praia. Numa reunião de negócios. Na fila de um banco. Num restaurante. Numa rede social. Não importa o lugar. Elas sempre chamam e reclamam a nossa atenção.  Não dá para permanecer indiferente diante delas. 

À maneira de pérolas preciosas, esses belos exemplares fascinam de maneira singular. Não precisam fazer muito esforço para isso. Com elas, é tudo muito natural. Respiram e transpiram glamour. Talvez sem mesmo se darem conta disso. Desconhecem o dom que possuem e o poder que desfrutam. 

Não me venha dizer também que todo homem é igual. Não é. Existem homens que sabem apreciar bons conteúdos, especialmente os mais refinados. 

Todo homem de bom gosto sabe distinguir uma mulher elegante. O jeito como fala. A postura no olhar. A maneira de sorrir. A forma como se veste. Os acessórios que costuma trazer consigo. Tudo. Absolutamente tudo, conspira a favor dela. 

O perfume que ela usa é um bom referencial. Fragrâncias  - todos sabemos - é algo extremamente pessoal. Mulheres elegantes sabem escolher o que de melhor combina com elas.  Dependendo da ocasião, conciliam, sem maiores dificuldades, uma pluralidade de aromas.        

Também é quase que desnecessário conhecer pessoalmente esses belos exemplares. 

Mulheres elegantes são como ondas nos oceanos. De longe são rapidamente notadas. Têm brilho próprio. Iluminam qualquer ambiente onde chegam. Encantam com sua magia. Inebriam com seu magnetismo. Nada permanece indiferente diante delas. Sua graça e sua beleza - não me refiro apenas à beleza física - são únicas. Tão únicas que não se confundem com outros traços.   

Conhecer mulheres elegantes é um privilégio. Permanecer a seu lado é um presente. Desfrutar da convivência de alguma delas é uma dádiva. 

Por isso, se qualquer dia desses algum desses belos exemplares cruzarem seu caminho, te dou um conselho: não deixe essa oportunidade passar. Lembre-se: belos exemplares estão ficando cada vez mais raros na atualidade. Algumas são como cometas: navegam por nossa vida uma única vez durante toda a nossa existência.    


Alipio Reis Firmo Filho


  

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

O QUE PODE ACELERAR O FIM DA PANDEMIA NO MUNDO?

 

(*) Artigo publicado na Coluna Fato Amazônico do autor (www.fatoamazonico.com.br)


Há pouco mais de 12 meses atrás éramos apresentados a um visitante indigesto: o novo coronavírus. Um personagem que nem mesmo a Ciência o conhecia direito. De lá para cá o mundo virou um campo de guerra. Tornamo-nos prisioneiras de nossas próprias casas. O medo tomou conta de todos. A rotina mudou radicalmente nos quatro cantos do planeta. Viagens, passeios, eventos e agendas foram radicalmente alterados. Na prática, deixamos de ter o controle sobre nossas próprias vidas. Quem passou a ditar as regras foi o tal visitante indigesto, poderoso e incomparavelmente letal. Havia quase 100 anos que o mundo não conhecia uma pandemia com tamanha proporção. A última foi entre 1918/1920. A chamada “gripe espanhola” cujo vírus, aliás, é da mesma família do novo coronavírus.

Quando em 11 de março de 2020 a Organização Mundial da Saúde solenemente declarou  que o foco de infecção em Wuhan na China espalhara-se pelo resto do mundo, alcançando uma escala global, as perspectivas eram as mais sombrias possíveis. Naquela oportunidade, 10 em cada 10 pesquisadores, afirmavam que somente a partir da metade do ano de 2021 é que o mundo poderia contar com alguma vacina. Outros apostavam que apenas no final daquele ano é que surgiria uma vacina. Antes disso, nem pensar.  

Foi quando experimentamos a primeira onda da pandemia no mundo. Um primeiro surto que matou milhares de pessoas e deixou os sistemas de saúde de muitos países no mundo colapsados, como se fossem atingidos por uma tsunami. Era o cartão de visita do inimigo invisível. Aliás, o primeiro deles, pois oito meses depois, experimentaríamos outro, muito mais agressivo que o primeiro.  

Para o bem da humanidade, porém, as previsões não se concretizaram. Ao final de novembro de 2020 o mundo já poderia contar com, pelo menos, quatro vacinas promissoras: Oxford/AstraZeneca, Pfizer, Moderna/BioNtec e Coronavac. Era a luz no final do túnel que todos nós aguardávamos ansiosamente.

A coisa evoluiu e, atualmente, contamos com 08 vacinas sendo aplicadas ao redor do planeta. Aqui no Brasil já contamos com duas delas, com perspectivas para a chegada de mais duas no curto prazo: a russa Sputnik e a vacina da Johnson & Johnson.

Apesar das fortíssimas aliadas, não devemos nos esquecer que, assim como os contágios dos vírus, o efeito de uma vacina também ocorre em ondas. Ela nasce num ponto qualquer do planeta e de lá se propaga em direções diversas, espalhando-se como uma grande nuvem do bem. A velocidade de propagação, porém, depende de fatores como logísticas de transporte e capacidade de guarda e conservação do produto. Entretanto, também de dinheiro e capacidade de produção. Este último – produção em grande escala - talvez, o maior deles.

Além disso, temos que considerar ainda que a vacinação de uma pessoa não produz anticorpos instantaneamente em seu organismo. Após aplicadas, elas exigem tempo para agir. Nas vacinas aplicadas em duas doses – como a de Oxford/AstraZeneca e a Coronavac – a produção de anticorpos no organismo começa a ocorrer 07 dias depois. A partir daí a produção aumenta gradativamente e só atinge o seu pico (próximo de100%) no décimo quarto dia após a segunda dose.  Esse fator joga também contra a imunização da população mundial. Além disso, temos um número gigantesco de pessoas a serem vacinadas.

Façamos as contas.

Somos próximos de 8 bilhões de almas no mundo. Parte das vacinas exige a aplicação de duas doses para se obter uma eficácia próxima de 100%. Por aí já precisaríamos de 16 bilhões de doses, isto é, o dobro da população mundial.

No mundo, o principal produtor de vacinas é uma gigante indiana que atende pelo nome de Instituto Serum. Atualmente, sua produção está a todo vapor. Porém, o instituto tem um grande desafio pela frente. Só na Índia, o desafio é produzir vacinas para 1,353 bilhão de pessoas. Uma tarefa nada fácil. Quanto mais suprir a necessidade de duas centenas de países!

Pois bem. Muito embora as vacinas ajudem muito, elas precisam de tempo para se propagarem pelo mundo, em razão dos fatores que comentei anteriormente. Para ser totalmente vacinado, muito provavelmente o mundo careça de dois anos ou mais o que prolongaria a pandemia no mundo. O problema é que não podemos aguardar por tão longo tempo.

O controle da pandemia no mundo passa pela seguinte equação.

A população mundial pode ser dividida em dois grandes grupos. No primeiro deles está a parcela da população que ainda não foi infectada pelo vírus ou que, embora já infectada, não precisou de maiores cuidados médicos em razão dos sintomas terem sido leves. Na atualidade, essa parcela da população encontra-se recuperada e permanece a espera de ser vacinada. Ela compõe a maior parte da humanidade.

A outra parcela está representada pelas pessoas que se encontram nos hospitais, precisando de tratamentos médicos intensivos. Esse segundo grupo é que pressiona os sistemas públicos e privados de saúde. Aqui mora a limitação das vacinas. Seu calcanhar de aquiles.

É que, apesar de promissoras e eficazes, em relação à população internada as vacinas não poderão ajudar. Elas funcionam como drogas PREVENTIVAS, isto é, que impedem que o vírus cause danos no organismo quando infectado. Por isso, o grupo de populações internadas continuará pressionando as redes de hospitais. Ante à grande demanda, muitos deles carecem de profissionais da saúde e insumos hospitalares. A resultante é que o número de óbitos aumenta significativamente pressionando os serviços funerários.

Por outro lado, enquanto aguardam na fila da vacinação, o outro grupo também pode ser contaminado pelo vírus podendo vir a bater às portas das unidades de saúde, em busca de serviços médicos. O resultado é que essas parcelas adicionais de infectados funcionaram como combustível para estrangular ainda mais os já combalidos sistemas de saúde.

Nesse cenário, qual a solução? Respondo: SOMENTE A DESCOBERTA DE DROGAS CAPAZES DE CURAREM A COVID-19 PODE ABREVIAR NOSSO CALVÁRIO. No atual estágio da pandemia no mundo, e levando-se em consideração que a imunização da população mundial vai demorar, apenas a chegada de medicamentos eficazes para tratarem os doentes é que representará um alívio imediato para as pessoas já acometidas pela Covid-19, reduzindo-se drasticamente a pressão sobre as unidades hospitalares e os profissionais da saúde.  

Ademais, essas drogas teriam a virtude também de tratarem o primeiro grupo; na eventualidade de ele vir também a se contaminar com o vírus e adoecer de Covid-19, enquanto aguarda na fila esperando ser vacinado. Isso evitaria que ele viesse no futuro próximo a também alimentar a fila nos hospitais.

Sobre as perspectivas para a chegada desses novos aliados, em dezembro último a AstraZeneca anunciou o AZD7442 que promete evitar que o infectado pelo novo coronavírus evolua para a Covid-19, se o medicamento for tomado até o 8º dia de infecção. Ele conferiria imunidade instantânea contra a doença. Sua chegada está aguardada para março ou abril do corrente ano.

Outra descoberta promissora está relacionada à comprovação da eficácia de uma droga antiviral que já existe - a tapsigargina – contra o novo coronavírus. Até então, a comunidade científica já se sabia que ela agia eficazmente contra três espécies de vírus: o vírus da gripe comum,  o vírus sincicial respiratório (VSR) e o vírus influenza (H1N1). A descoberta promissora foi feita por pesquisadores do Reino Unido e da China. O medicamento previne a replicação do vírus em células durante pelo menos 48 horas depois de apenas uma dose. O medicamento não age no vírus, mas no sistema imunológico humano.

De se ressaltar que há diferença entre alguém infectado pelo coronavírus e uma outra pessoa acometida da Covid-19. O fato de um organismo está infectado não significa que tenha Covid-19. O AZD7442 impede que o infectado pelo coronavírus evolua para a Covid-19, impedindo-o de sofrer os danos ocasionados por ele em órgãos como pulmões, rins, coração e sistema neurológico.

Outra droga que sinaliza como promissora é a ABX464, conduzida pelo Brasil e pela França, sob a direção da Abivax, uma empresa francesa de biotecnologia. A proposta da droga é reduzir a possibilidade de internação de um paciente com Covid-19, além de abreviar o tempo de recuperação. Além de a Anvisa aprovar os estudos aqui no Brasil, também os órgãos de vigilância sanitária da França, da Alemanha, do Reino Unido e da Itália fizeram o mesmo em seus respectivos países. México, Chile e Peru deverão ser os próximos a aprovarem as pesquisas.

No Brasil os estudos estão sendo coordenados pelo Dr. Jorge Kalil, imunologista e professor titular da Faculdade de Medicina da USP. O ABX464 é uma droga anti-inflamatória, mas que também tem propriedades antivirais. Na verdade, o foco inicial dessa droga era tratar inflamações em doenças autoimunes, mas que ante à pandemia, os estudos clínicos sofreram mudança na trajetória, a fim de investigar sua eficácia contra a Covid-19.

Inicialmente 1.136 pacientes acima de 65 anos de idade foram e estão sendo submetidos aos testes. A droga será aplicada após a constatação da infecção dos voluntários. A previsão é que os testes sejam finalizados no Brasil agora no início de 2021.

Além desses medicamentos existem inúmeros outros sendo pesquisados ao redor do mundo. Se tudo correr bem e os testes se mostrarem realmente eficazes, talvez agora no primeiro semestre de 2021 já possamos contar com mais aliados para tentar frear a pandemia no mundo. Aliados “de peso” e de eficácia instantânea. Não apenas um, mas vários deles, como aconteceu com as vacinas.

A estratégia dos cientistas é trabalhar com drogas antivirais já existentes ou, ainda, com ensaios clínicos que já se mostraram eficazes para outras doenças cujas características guardam estreita relação com a Covid-19.

A ideia é cortar caminho, pois a pesquisa e o desenvolvimento de uma droga genuinamente nova para o tratamento da Covid-19 poderia demandar 5 ou 7 anos. O mundo não pode aguardar tanto tempo.

Portanto, continuemos acreditando na Ciência e nas mentes brilhantes dos pesquisadores. Verdadeiros heróis e salvadores de vidas.

 

Alipio Reis Firmo Filho

Conselheiro Substituto – TCE/AM e Doutorando em Gestão

 

    

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

GUARDE PRA VOCÊ

Quanta formosura! 

Quanta elegância! 

Quanta discrição! 

Que cabelo bonito!  

Que sorriso gostoso!

Que olhos maravilhosos!

Tudo combina com você! 

A cor do cabelo!

A unha pintada!

O brinco!

A pulseira!!

O anel!

O baton escolhido!

A bolsa...

O relógio...

A saia colada e um pouco alongada!

O decote discreto!

A blusa rendada...

O jeito bem simples!

A fé manifestada!!

A família amada!

O sentimento materno!  Sempre em primeiro lugar!

Quando ama, deve amar intensamente!

Quando gosta, deve gostar intensamente!

Moça bonita, a vida já te acolheu no colo inúmeras  vezes. 

Acalentou tua alma. 

Embalou teu sorriso. 

Refrigerou teu coração. 

Não conheço muito sobre ti.

Mas o pouco que sei já é o suficiente para nunca mais te esquecer. 

Fica na Paz. 

Guarde pra você. 










terça-feira, 19 de janeiro de 2021

QUANDO TODOS NÓS, BRASILEIROS, IREMOS NOS VACINAR?

 1 - No mundo, existem atualmente 08 vacinas sendo aplicadas. Dessas, 02 delas (Coronavac e Oxford/AstraZeneca) foram aprovadas pela Anvisa.


2 - A aprovação da Anvisa, no entanto, CONTEMPLOU APENAS 8 MILHÕES DE VACINAS: 6 milhões da Coronavac e mais 2 milhões da Vacina de Oxford/AstraZeneca. POR QUE?

3 - Dai a césar o que é de césar: EM ABRIL DE 2020 O GOVERNADOR DE SÃO PAULO, DÓRIA, TOMOU A INICIATIVA DE COLOCAR O INSTITUTO BUTANTAN PARA APLICAR, AQUI NO BRASIL, OS TESTES DA Coronavac.

4 - O que muita gente NÃO SABE É QUE, SE ESSA INICIATIVA NÃO TIVESSE SIDO REALIZADA, NÃO TERÍAMOS NENHUMA VACINA APROVADA NO BRASIL. Ou seja, no momento em que EXPLODE O CONTÁGIO DO VÍRUS NO BRASIL teríamos que nos defender apenas com as medidas de praxe (uso de máscaras, distanciamento/isolamento social etc.).

ALÉM DISSO, A INICIATIVA DO GOVERNO DE SÃO PAULO E DA FIOCRUZ DE REALIZAR OS TESTES AQUI NO BRASIL, EM PARCERIA COM OS LABORATÓRIOS DA Sinovac E DA Oxford/AstraZeneca PERMITIU CUMPRIR UM OUTRO PROTOCOLO: a autorização da Anvisa SÓ É DADA PARA VACINAS TESTADAS AQUI NO BRASIL. A REALIZAÇÃO DOS TESTES, PORÉM, LEVA TEMPO: 6/8 meses.

RESUMO DA ÓPERA: SE NÃO TIVESSEM SIDO REALIZADOS TESTES AQUI NO BRASIL, A Anvisa não teria como aprovar as vacinas. OU SEJA, EM PLENA EXPLOSÃO DE CASOS DE CONTÁGIO AQUI NO BRASIL TERÍAMOS DE ESPERAR 6/8 meses para serem realizados os testes e mais 30 dias para aprovação da Anvisa.

QUESTIONO: quantas pessoas mais teriam que pagar com a vida o negacionismo de um presidente?????

5 - Além do Instituto Butantan, o Laboratório FIOCRUZ FEZ O MESMO, MAS COM A VACINA Oxford/AstraZeneca. ESSA INICIATIVA TAMBÉM NOS AJUDOU A TER UMA SEGUNDA OPÇÃO DE VACINA NO BRASIL.

6 - AQUI, UMA CRÍTICA: a grande omissão do governo federal aqui foi justamente NÃO TOMAR INICIATIVA NENHUMA PARA TESTAR, EM SOLO BRASILEIRO, UMA VACINA. Ele poderia ter tomado essa iniciativa. No entanto, preferiu se omitir. SE FÔSSEMOS ESPERAR POR ELE NÃO TERÍAMOS NENHUMA OPÇÃO DE VACINA NO BRASIL.

7 - Das 8 milhões de doses APENAS 6 MILHÕES ESTÃO AQUI NO BRASIL, DA Coronavac. As outras 2 milhões de dose ESTÃO NA ÍNDIA.

8 - Além das 6 milhões de doses da Coronavac o Butantan possui mais 4,8 milhões de doses, mas que precisam DE NOVA AUTORIZAÇÃO DA ANVISA. Isto porque a autorização dada pela Anvisa SE RESTRINGIU ÀS 6 MILHÕES DE DOSES. O PEDIDO DO BUTANTAN FOI FEITO ONTEM (18/01/2021). A Anvisa tem 10 dias para se pronunciar. PORÉM, após essa segunda aprovação, o Butantan NÃO PRECISARÁ MAIS PEDIR NENHUMA AUTORIZAÇÃO PARA FORNECER A VACINA AO Ministério da Saúde.

9 - A disponibilização da Vacina Coronavac A NÓS, BRASILEIROS, PASSA POR TRÊS ETAPAS:

9.1 - Primeira: JÁ FOI PERCORRIDA. Nessa etapa TODAS AS DOSES JÁ VEM PRONTA DA CHINA, EM FRASCOS E LACRADOS. É o caso das 6 milhões de doses que estão sendo aplicadas no Brasil.

9.2 - Segunda: ESTÁ SENDO PERCORRIDA. Nessa etapa SÃO OS INSUMOS DA VACINA QUE VIRÃO DA CHINA. A COLOCAÇÃO DOS INSUMOS NOS FRASCOS (chamado envazamento) É FEITA AQUI NO BRASIL. É o caso das 4,8 milhões de doses que estão aguardando nova avaliação da Anvisa.

9.3 - Terceira: AINDA SERÁ PERCORRIDA. Nessa etapa, TODOS OS INSUMOS SERÃO FABRICADOS AQUI NO BRASIL PELO Instituto Butantan. Para tanto, HAVERÁ TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA DA SINOVAC PARA O INSTITUTO, a fim de que ele possa iniciar a fabricação dos insumos.

O BUTANTAN INFORMOU QUE TEM CAPACIDADE DE FABRICAR 1 MILHÃO DE DOSES POR DIA.

10 - AS MESMAS ETAPAS ESTÃO SENDO PERCORRIDAS PELA Vacina da Oxford/AstraZeneca.

11 - AMBAS, PORÉM, PRECISAM DOS INSUMOS fabricados na China PARA PODEREM SER PRODUZIDAS AQUI NO BRASIL.

O MUNDO DÁ VOLTAS. MUITAS VOLTAS. O presidente e seus filho FALARAM MUITO MAL DO GOVERNO CHINÊS. DURANTE TODO 2020. DE QUEM NÓS DEPENDEMOS AGORA????????

A CIÊNCIA VENCEU!!!!

 

 (*) Artigo publicado na Coluna Gestão, do autor, no Fato Amazônico (www.fatoamazonico.com)

O presidente Jair Bolsonaro passou o ano de 2020 inteirinho falando mal da tal “vacina chinesa”. Tentou, até onde pode, desqualifica-la. Nos últimos dias, porém, a coisa deu uma reviravolta.

Primeiro: seu Ministro da Saúde anunciou que a vacinação no Brasil iniciaria simultaneamente em todos os estados brasileiros.  Perdeu. Dória foi mais ágil e foi o primeiro a vacinar como havia prometido.

Segundo: teve que adquirir toda a produção da Coronavac e prestigiar o já prestigiado Instituto Butantan. De quebra, teve que engolir o discurso de Dória, a favor da “vacina chinesa”.

Terceiro:  terá que se render e depender da indústria farmacêutica chinesa. Sim, porque os insumos das duas únicas vacinas com testes realizados aqui no Brasil – a Coronavac e a de Oxford/AstraZenica – são todos produzidos na China. Sem os insumos, não há como produzi-las em solo brasileiro.

Quarto: as 2 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZenica “encalhou”. Por isso, o Planalto teve que iniciar o Plano de Imunização nacional com a “vacina chinesa”.

Quinto: teve que admitir que a “vacina chinesa” agora é a “vacina do Brasil”.

Sexto: o Ministro da Saúde teve de ceder à pressão dos governadores para começar a vacinar na segunda-feira (dia 18/01/2021) e não mais na quarta-feira (20/01/2021) como havia prometido.

Todos esses fatos, em conjunto, nos mostram que ninguém tem o controle de nada. A arrogância e a prepotência nunca foram boas companheiras.

A História da humanidade é próspera em testemunhar a ruína de governantes, reis e principados. Acho que começou a queda de mais um deles.

A Ciência calou todos os seus algozes.

Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos pesquisadores de boa vontade!!

 

Alipio Reis Firmo Filho

Conselheiro Substituto – TCE/AM e Doutorando em Gestão  

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

QUAIS SÃO AS ESPÉCIES DE VACINAS ATUALMENTE PESQUISADAS NO MUNDO CONTRA O NOVO CORONAVÍRUS?



Segundo a Organização Mundial da Saúde, há mais de 200 vacinas sendo pesquisadas ao redor do planeta, todas elas relacionadas ao novo coronavírus (Covid-19).

Dessas, 44 estão nas fases 1, 2 ou 3.

Sobre todas as vacinas que estão sendo pesquisadas no mundo temos as seguintes considerações:

Todas as vacinas PODEM SER CLASSIFICAS EM 04 (QUATRO) GRANDES GRUPOS.

No PRIMEIRO GRUPO estão as vacinas que são consideradas pela comunidade científica como as MAIS SEGURAS.

Nesse grupo de vacinas estão aquelas em que foi aplicada a técnica do VÍRUS INATIVADO. Essa técnica de construção das vacinas já é conhecida pela Ciência há 70 ANOS. A comunidade científica, portanto, CONHECE MUITO SOBRE ELA. Por isso elas são seguras.

Por meio dessa técnica, o vírus que causa a doença é colocado dentro do organismo humano. A presença dele estimula o sistema imunológico a produzir anticorpos, isto é, substâncias que irão destruir o vírus.

Mas aí há um detalhe: a fim de que ele não se replique ele é, primeiramente, INATIVIDADO por meio de técnicas de laboratório. A inativação evita que ele cause a doença. As vacinas que protegem contra a HEPATITE A, A GRIPE E A POLIOMIELITE (injetável) fazem parte desse grupo.

Em relação às vacinas contra o novo coronavírus há duas vacinas que estão nesse grupo: A CORONAVAC, pesquisada/produzida pelo Laboratório chinês Sinovac e o Instituto Butantan e uma outra, também chinesa, elaborada por um consórcio de entidades: Instituto de Produtos Biológicos de Wuhan, a farmacêutica Sinopharm, o Grupo Nacional de Biotecnologia da China, a empresa G42 Healthcare e pelos Serviços de Saúde de Abu Dhabi. Os testes da fase 3 dessa última vacina estão sendo aplicados em alguns países do mundo como Peru, Marrocos e Emirados Árabes Unidos.

A dificuldade de fabricar vacinas desse grupo reside no fato de os pesquisadores terem de cultivar grandes quantidades de vírus em laboratório e inativá-lo. Isso eleva os custos.

NO SEGUNDO GRUPO estão as vacinas que aplicam a técnica da SUBUNIDADE PROTEICA. Por meio dela os pesquisadores retiram um pedaço do vírus - portanto, não usam todo o vírus - e o colocam no organismo humano. Outra solução é construir um pedaço SINTÉTICO dele - parecido com o original - e, assim, estimular o sistema imunológico humano a produzir anticorpos.

A vacina que protege contra a Hepatite B usa essa técnica.

Contra o novo coronavírus a vacina que adota essa técnica é a NVX-CoV2373, dos laboratórios Novavax e Takeda. Os testes estão sendo realizados na África do Sul, Austrália e Reino Unido.

Essa técnica também já é usada pela Ciência já há muito tempo o que também as tornam mais seguras.

NO TERCEIRO GRUPO estão as vacinas que usam a técnica do RNA mensageiro.

Essa técnica já é conhecida da comunidade científica há uns 30 anos. Porém, NUNCA FOI USADA NA PRODUÇÃO DE UMA VACINA. As vacinas da Pfizer/Biontec e Moderna adotam essa técnica. Trata-se, portanto, de vacinas INOVADORAS.

Aqui, o trabalho é mais profundo.

A técnica consiste no seguinte: os cientistas retiram alguns GENES do vírus. Em seguida, fazem alterações neles. O material é injetado no corpo humano. A partir dele as células do organismo começam um processo de fabricação de uma proteína viral, semelhante àquela produzida pelo próprio vírus. O sistema imunológico percebe a proteína viral fabricada e desencadeia um contra-ataque. Com isso, há a produção de anticorpos e o organismo fica protegido.

Essas vacinas exigem uma logística redobrada, pois elas se degradam facilmente em função do calor, da luz e das enzimas do ambiente. Por isso elas exigem baixíssimas temperaturas de conservação (70º/80º negativos).

Países localizados em regiões notadamente quentes como na zona equatorial tendem a ter mais dificuldades para aplicá-las.

NO QUARTO e ÚLTIMO GRUPO estão as vacinas COM VETOR VIRAL NÃO REPLICANTE

Essa técnica também trabalha com material genético do vírus, assim como as vacinas do terceiro grupo.

Por meio dela os pesquisadores usam o corpo de algum outro vírus - que não se replica e não causa a doença - e colocam dentro dele o material genético do coronavírus. Ou seja, apenas "a capa" não é igual ao coronavírus. O conteúdo sim. Mas é o suficiente para a produção de anticorpos no organismo contra ele.

A vacina da Oxford/AstraZenaca usa essa técnica. No caso dela os pesquisadores usaram o ADENOVÍRUS, responsável por causar a gripe em Chimpanzés. Também a Sputnik V, do Instituto de Pesquisa Gamaleya em Epidemiologia e Microbiologia e outras seis instituições, que está sendo aplicada na Rússia e a Argentina e que recentemente pediu autorização da Anvisa para realizar testes no Brasil.

EM SÍNTESE: note que dentre os quatro grupos, AQUELAS QUE SE SITUAM NO PRIMEIRO GRUPO SÃO AS MAIS seguras DE TODAS. Justamente porque USAM TÉCNICAS QUE A CIÊNCIA JÁ CONHECE HÁ 70 ANOS!!!

NO ENTANTO, A ENXURRADA DE Fake News ESPALHADAS MALDOSAMENTE GERARAM MEDO NA POPULAÇÃO.

Entenda uma coisa: se você já se vacinou alguma vez contra a HEPTITE ou contra a GRIPE COMUM saiba que a técnica usada para essas vacinas É A MESMA DA VACINA CORONAVAC.

Por fim, É IMPORTANTE DESTACAR TAMBÉM QUE NÃO EXISTE VACINAS CHINESAS, INGLESAS, RUSSAS, ETC. EXISTEM vacinas produzidas pela Ciência, independentemente de onde elas foram concebidas.

Segue um link de uma excelente matéria da BBC NEWS que, aliás, foi um dos que consultei para fazer essa abordagem: CORONAVÍRUS: OS QUATRO TIPOS DE VACINAS CONTRA A COVID-19