domingo, 5 de julho de 2020

BREVE PANORAMA DA ECONOMIA MUNDIAL EM TEMPOS DE PANDEMIA: PERSPECTIVAS DO FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL PARA 2020

(*) Artigo publicado na Coluna Gestão do autor no Fato Amazônico (www.fatoamazonico.com)

No último mês de abril o Fundo Monetário Internacional divulgou seu tradicional World Economic Outlook (Perspectivas para a economia mundial). Já naquele mês a perspectiva de crescimento para o PIB global não era nada boa: -3%. Comparada com a expectativa de crescimento em torno de +3% em janeiro deste ano, a taxa de abril representa uma distância de seis pontos percentuais para menos.   No último dia 24 de junho, entretanto, revendo o cenário mundial, o Fundo projetou o crescimento para -4,9%, ou seja, -1,9% pior do que no cenário de abril. Em 2019 o crescimento mundial bateu +2,9%. Mas a queda provocada pela pandemia é muito mais grave. Trata-se do pior desempenho desde a Grande Depressão de 1929. A contração econômica, no entanto, já era esperada, dada a proporção que a pandemia alcançou no Planeta. Segundo o FMI, mantendo-se esse desempenho, a curva de crescimento da economia no mundo será um “V” (com a segunda perna levemente inclinada para a direita), significando uma queda acentuada no primeiro semestre de 2020 e crescimentos moderados no segundo, na medida em que as economias forem voltando lentamente à normalidade e, principalmente, com a chegada da vacina contra a Covid-19, prevista para dezembro deste ano ou janeiro do próximo. Para 2021 a expectativa de crescimento é bem mais favorável: de + 5,4%, mas nada garante que seja assim. O cenário é ainda muito nebuloso. Tudo está muito incerto.

Pela primeira vez, todas as regiões do globo estão em recessão.  A previsão para a Zona do Euro é uma queda de -10,2%, América Latina e Caribe de -9,4%, Oriente Médio e Ásia Central de -4,7% e África Subsaariana de -3,2%.   A China, que desde 1999 registra taxas de crescimento acima de 6%, crescerá apenas 1% em 2020. Entre as economias avançadas, apenas o Japão terá a menor queda: -5,8%. Os demais: -8% (EUA), -7,8% (Alemanha), -12,5% (França), -12,8% (Itália), Espanha (-12,8%), -10,2% (Reino Unido), -8,4% (Canadá). Entre as economias emergentes e em desenvolvimento, o cenário não muda muito: -4,5% (Índia), -6,6% (Rússia), -9,1% (Brasil), -10,1% (México), -6,8% (Arábia Saudita), -5,4% (Nigéria) e -8,0% (África do Sul). Na África Subsaariana – composta por 48 países – a renda per capita cairá 5,5% em 2020, apresentando níveis de 10 anos atrás. Ou seja, tudo o que foi construído na última década virará fumaça. Talvez, o nível de renda duramente construído nos últimos dez anos precisará outra de década (ou mais anos) para alcançar o patamar atual. Em síntese: um retrocesso brutal. 

Segundo Gita Gopinath, responsável pelo Departamento de Pesquisa do FMI, há dois fatores a considerar. O primeiro, relacionado à trajetória econômica de cada país. Alguns, estavam em crescimento, ainda que moderado, antes da pandemia. Outros, apresentavam tendência de queda. Estes últimos sofrerão mais danos, uma vez que sua condição econômica, que já não era boa, tenderá a ficar pior devido à queda na atividade econômica. Outro aspecto relevante diz respeito aos países cuja economia dependem fortemente do turismo. Com a pandemia, este setor foi drasticamente atingido. E não apenas agora, mas também para os próximos meses. Trata-se de um setor bastante sensível a circunstâncias que naturalmente limitam a circulação das pessoas (taxas de câmbio elevadas, falta de segurança). No caso específico da Covid-19, o cenário futuro não é dos melhores. Mesmo alguns países sinalizando com aberturas graduais às visitações públicas, isso não significará a retomada de viagens turísticas imediatamente ao redor do mundo. Haverá um tempo de espera. Esse “gab” significará recuperações lentas no setor do turismo nesses países, além de pressões para déficits nas contas externas. Por outro lado, países que tiverem dificuldades de controlar as taxas de infecção dificilmente estimularão residentes de outras nações a nele aterrissarem para missões de passeio e lazer.

Portanto, quanto mais rápido ocorrer a reabertura econômica – mesmo em níveis baixos – menores serão os prejuízos. Nesse sentido, é importante que os governos invistam em seus sistemas de saúde, a fim de que eles possam responder à altura às demandas da Covid-19. Contudo, muitos países não têm recursos suficientes para investir – a exemplo do bloco de países africanos - o que exigirá aportes de recursos internacionais de organizações multilaterais de desenvolvimento para ajudar na retomada do crescimento econômico.

O confinamento social representou um duro golpe na demanda agregada sendo determinante para a queda na oferta de bens e serviços. A queda no consumo desestimulou fortemente novos investimentos das empresas criando uma espiral altamente nociva. O declínio no faturamento das empresas trouxe consigo também baixos níveis de arrecadação de impostos e contribuições para os governos, o que sinaliza para orçamentos públicos deficitários. Não bastasse isso, as despesas públicas, fomentadas pelas necessárias transferências de renda e investimentos no setor de saúde, apontam para cenários mais graves, representando preocupantes descompassos entre receitas e despesas governamentais.

No tocante aos níveis de endividamento público, as notícias também não são das melhores. Segundo projeções do Fundo é de se esperar que a dívida pública mundial alcance 101% do PIB 2020/2021, equivalente a 19% a mais quando comparado com o resultado de um ano atrás.   No tocante ao déficit fiscal global o cenário não é diferente. Há projeção de aumento de 14% do PIB mundial para 2020. Em 2019 o déficit fechou em 4%, isto é, o aumento corresponderá – se nada mudar – a 10% em valores líquidos.

Outra consequência importante da pandemia é o desemprego. Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho, o número de horas trabalhadas no primeiro trimestre de 2020 foi menor que o mesmo período em 2019. A queda representou o equivalente à perda nos postos de trabalho de 130 milhões de empregos, ou seja, algo em torno de 62% da população brasileira.     

A baixa atividade econômica produziu também quedas significativas nas taxas de inflação. Entre as economias avançadas a inflação média foi reduzida em 1,3% no final de 2019 para 0,4% em abril/2020. Já entre as economias emergentes, os percentuais foram, respectivamente, de 1,2% e 4,2%, em termos de queda.

Evidentemente que, em se tratando de sistemas econômicos, os cenários podem mudar rapidamente. Principalmente quando os números representam escalas planetárias. Na verdade, o que representará efetivamente um fôlego para as economias no mundo é encontrar logo uma vacina para a Covid-19. Com ela, muitas janelas de oportunidades voltarão a ser abertas, mas, igualmente, também lições importantes terão de ser assimiladas.

Penso que um dos fortes legados deixados por pandemias com estas proporções são as medidas para o fortalecimento dos sistemas de saúde em cada país. No Brasil, os recursos da telemedicina, ainda que minimamente explorados, podem representar importantes aliados na busca por saúde pública de qualidade. Ademais, a identificação de déficits na oferta de equipamentos hospitalares deve ser tomada como um incentivo aos governos para refletirem sobre como eles têm conduzido suas políticas de saúde até aqui.

Mais do que ameaças, circunstâncias domo períodos pandêmicos, devem representar verdadeiras oportunidades. Oportunidades de melhorias. De avanços. De crescimento. De  melhores taxas de produtividade. De aprendizagem com os próprios erros e com os erros das outras nações.

Agora...será que os governantes estarão dispostos a aprenderem com os erros? É uma pergunta que fica no ar, mas que muitos de nós brasileiros, provavelmente já teremos  uma resposta à tira colo, pronta para ser sacada no momento certo.  

 

Alipio Reis Firmo Filho

Conselheiro Substituto – TCE/AM e Doutorando em Gestão

 


sábado, 4 de julho de 2020

COMO O APRENDIZADO DE MÁQUINA FUNCIONA?

A piada padrão sobre inteligência artificial (IA) é que, como a fusão nuclear, ele é o futuro há mais de meio século. Em 1958, o New York Times informou que o Perceptron, uma antiga máquina de IA desenvolvida na Universidade de Cornell com dinheiro militar, era "o embrião de um computador eletrônico que [a Marinha Americana] espera poder andar, conversar, ver, escrever, se reproduzir e ter consciência de sua existência". Cinco décadas depois, navios de guerra autoconscientes permanecem visíveis por sua ausência. No entanto, ao lado do hype, houve um progresso espetacular: os computadores agora são melhores do que qualquer humano nos jogos de xadrez e Go, por exemplo. Os computadores podem processar a fala humana e ler caligrafia confusa. Para muitas pessoas hoje em dia, os sistemas automatizados de resposta telefônica são irritantes. Mas eles pareceriam mágica para alguém da década de 1950. Atualmente, a IA está nas notícias novamente, pois houve um progresso impressionante nos últimos anos em um subcampo específico da IA ​​chamado aprendizado de máquina. Mas o que exatamente é isso?

O aprendizado de máquina é exatamente o que parece: uma tentativa de executar um truque que até animais muito primitivos são capazes, ou seja, aprender com a experiência. Computadores são bestas hiper-literais e ordinários: qualquer um que tenha tentado programar um lhe dirá que a dificuldade vem de lidar com o fato de que um computador fará exatamente e precisamente o que você pede, erros estúpidos e tudo. Para tarefas que podem ser resumidas em regras simples e inequívocas - como analisar matemática difícil, por exemplo -, isso é bom. Para trabalhos mais lícitos, é um problema sério, principalmente porque os próprios humanos podem ter dificuldades para articular regras claras. Em 1964, Potter Stewart, juiz da Suprema Corte dos EUA, achou impossivelmente difícil definir uma definição de pornografia legalmente estanque. Frustrado, ele escreveu que, embora ele não pudesse definir a pornografia como tal, "eu a conheço quando a vejo". O aprendizado de máquina visa ajudar os computadores a descobrir essas regras imprecisas sozinhos, sem ter que ser explicitamente instruído a cada passo do caminho pelos programadores humanos.

Existem muitos tipos diferentes de aprendizado de máquina. Mas o que está ganhando as manchetes no momento é chamado de "aprendizado profundo". Ele usa redes neurais artificiais - simulações de computador simplificadas de como os neurônios biológicos se comportam - para extrair regras e padrões de conjuntos de dados. Mostre a uma rede neural imagens suficientes de gatos, por exemplo, ou faça com que ela ouça a fala alemã suficiente, e ele poderá dizer se uma imagem que nunca viu antes é um gato ou se uma gravação de som está em alemão. A abordagem geral não é nova (o Perceptron, mencionado acima, foi uma das primeiras redes neurais). Mas o poder cada vez maior dos computadores permitiu que máquinas de aprendizado profundo simulassem bilhões de neurônios. Ao mesmo tempo, a enorme quantidade de informações disponíveis na internet forneceu aos algoritmos uma quantidade sem precedentes de dados para serem analisados. Os resultados podem ser impressionantes. O algoritmo Deep Face do Facebook, por exemplo, é tão bom quanto um ser humano quando se trata de reconhecer rostos específicos, mesmo que eles sejam mal iluminados ou vistos de um ângulo estranho. O spam de email é muito menos problemático do que costumava ser, porque as grandes quantidades que circulam on-line permitiram que os computadores aprendessem a reconhecer a aparência de um email de spam e o desviassem antes que chegassem à sua caixa de entrada.

Grandes empresas como Google, Baidu e Microsoft estão investindo recursos no desenvolvimento de IA, com o objetivo de melhorar os resultados de pesquisa, construir computadores com os quais você pode conversar e muito mais. Uma onda de startups quer usar as técnicas para tudo, desde procurar tumores em imagens médicas até automatizar o trabalho administrativo, como a preparação de relatórios de vendas. O apelo da voz automatizada ou do reconhecimento facial de espiões e policiais é óbvio, e eles também têm um grande interesse. Esse rápido progresso gerou profetas da desgraça, que temem que os computadores possam se tornar mais inteligentes que seus mestres humanos e talvez até substituí-los. Tais preocupações não são inteiramente sem fundamento. Mesmo agora, os cientistas realmente não entendem como o cérebro funciona. Mas não há nada sobrenatural nisso - e isso implica que a construção de algo semelhante dentro de uma máquina deve ser possível em princípio. Alguma inovação conceitual, ou o aumento constante do poder da computação, pode um dia dar origem a computadores hiper-inteligentes e autoconscientes. Mas, por enquanto e no futuro próximo, as máquinas de aprendizado profundo continuarão sendo mecanismos de reconhecimento de padrões. Eles não vão dominar o mundo. Mas eles vão abalar o mundo do trabalho.


(The Economist, 14/05/2015. Disponível AQUI)

 


quinta-feira, 2 de julho de 2020

O BRASIL QUE EU QUERO PARA O FUTURO

Art. 1º. Todo brasileiro só poderá se candidatar a dois cargos eletivos permitida uma recondução, à escolha do eleito, para qualquer um deles.  

Art. 2º. Todo brasileiro poderá ser votado independentemente de filiação partidária.

Art. 3º. É instituído o voto facultativo no Brasil.

Art. 4º. Toda a população carcerária terá de desenvolver uma atividade econômica da qual possa retirar o próprio sustento e contribuir com a manutenção da unidade onde estiver cumprindo a pena.

§ 1º. Cada dia laborado não reduzirá o tempo de cumprimento da pena aplicada.  

§ 2º. Os entes federativos poderão recrutar a população carcerária para utilizá-la como força de trabalho nas obras públicas de inegável interesse sócio-econômico, como a construção de casas populares, de escolas, de hospitais, de rodovias, infra-estrutura urbana, dentre outros, a fim de reduzir o custo na realização de cada  empreendimento.  

Art. 5º. Fica revogada a progressão de regime de cumprimento da pena no Brasil. A pena deverá ser cumprida integralmente pelo apenado no regime para o qual for sentenciado.

Art. 6º.  A aplicação da pena no Brasil tomará por parâmetro a gravidade do ato infrator e não mais a idade cronológica do apenado.

Art. 7º. A legislação penal não admitirá réu primário no Brasil.

Art. 8º. Ficam proibidas doações de qualquer valor econômico diretamente a candidatos a cargos eletivos. Qualquer doação deverá ser depositada no Fundo Partidário.

Parágrafo único. O valor total arrecadado na forma do caput deste artigo deverá ser distribuído de forma isonômica a todos os candidatos pela Justiça Eleitoral.

Art. 9º. Os candidatos aos cargos de presidente da República, Governador de Estado e Prefeito Municipal terão igual tempo no horário eleitoral gratuito para expor suas propostas de trabalho.      

Art. 10º. Os ministérios públicos e os tribunais de contas terão livre acesso aos sigilos bancário, fiscal e telefônico daqueles que estejam sob sua jurisdição, independentemente de autorização judicial, mas desde que haja procedimento investigativo devidamente instaurado e respeitada a legislação de regência.

 

Alipio Reis Firmo Filho

Conselheiro Substituto – TCE-AM

 


O PROPÓSITO DA LIDERANÇA SERVIDORA

HÁ ALGUNS ANOS ATRÁS TIVE A FELICIDADE DE ASSISTIR A UMA PALESTRA PELA TV DO PASTOR MYLES MUNROE. ATÉ ENTÃO, EU NÃO CONHECIA O PASTOR MUNROE.

A PALESTRA HAVIA SIDO PROFERIDA ANOS ANTES, NUM ENCONTRO PROMOVIDO PELA Escola de Líderes - Associação Vitória em Cristo. ABORDAVA O TEMA DE NOME SUGESTIVO: O Poder da Liderança Servidora. GOSTEI TANTO QUE PEDI, VIA CORREIOS, TODAS AS OUTRAS PALESTRAS DO PASTOR MYLES PROFERIDAS NO EVENTO. DE LÁ PARA CÁ, SEMPRE QUE POSSO, OUÇO NOVAMENTE O CONTEÚDO DAS PALESTRAS. A CADA VEZ, NOVOS E PROFUNDOS APRENDIZADOS.

O PASTOR MYLES MUNROE É DAQUELAS PESSOAS QUE ENCANTAM E, AO MESMO TEMPO, TÊM O DOM DE MUDAR A TRAJETÓRIA DE IDEIAS QUE HISTORICAMENTE CULTIVAMOS. NÃO APENAS SUA CAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO É ESTUPENDA, MAS SUA HABILIDADE EM DECODIFICAR, A PARTIR DOS EVANGELHOS, AS CARACTERÍSTICAS DA LIDERANÇA SERVIDORA DE CRISTO É impressionante.

SOBRE LIDERANÇA SERVIDORA COSTUMAVA DIZER:

"A Liderança não é medida pelo número de seguidores de um líder, mas pelo número daqueles que ele se presta a servir"

"Verdadeiros líderes não têm seguidores. Líderes verdadeiros formam novos líderes"

"Verdadeiros líderes se fazem desnecessários"

"Verdadeiros líderes preparam seus seguidores para não mais precisarem deles no futuro. O motivo? Eles (os seguidores) já saberão o que fazer (sozinhos)"

"A liderança não aprisiona. Ela liberta".

ISSO ME REMETE A UMA PASSAGEM DOS EVANGELHOS QUE SEMPRE TRAGO COMIGO: "O vento sopra onde quer. Você escuta o seu som, mas não sabe de onde vem, nem para onde vai" (Jo 3:8)

INFELIZMENTE, EM 2014, O PASTOR MYLES MUNROE VEIO A FALECER, JUNTAMENTE COM SUA ESPOSA E SUA FILHA, NUM ACIDENTE AÉREO, QUANDO O AVIÃO EM QUE ESTAVA ATERRISSAVA NAS BAHAMAS, SEU PAÍS NATAL.

CLIQUE NOS LINKS A SEGUIR PARA ACESSAR OS 4 VÍDEOS DO PASTOR MYLES MUNROE ABORDANDO O TEMA PROPÓSITO DA LIDERANÇA SERVIDORA. SE NÃO PUDER VÊ-LOS AGORA, GUARDE OS ENDEREÇOS. ASSIM QUE PUDER, NAS HORAS LIVRES, ANTES DE DORMIR OU QUANDO PUDER, ASSISTA OU OUÇA OS VÍDEOS.

MANTENHA SUA MENTE ABERTA. SUA VISÃO DE MUNDO IRÁ MUDAR.

domingo, 28 de junho de 2020

PARA OS MAIS JOVENS

1 - RECICLE-SE AGORA: NÃO DEIXE NADA PARA DEPOIS. ENQUANTO AS TEM, APROVEITE SUA DISPOSIÇÃO, SUA ENERGIA E SUA SAÚDE PARA APRENDER E CRESCER PROFISSIONAL E INTELECTUALMENTE. QUANTO AO LAZER, VOCÊ TERÁ O RESTO DA VIDA PARA SE DEDICAR A ELE. COM UMA DIFERENÇA: SABERÁ DESFRUTÁ-LO COM MAIS MATURIDADE E RESPONSABILIDADE.

2 - APRENDA UMA LÍNGUA. SE POSSÍVEL, DUAS OU TRÊS. DOMINAR UM IDIOMA É ROMPER FRONTEIRAS. É MERGULHAR NA CULTURA DOS OUTROS POVOS. É SAIR DO SEU QUADRADO E APROVEITAR O QUE O MUNDO TEM DE MELHOR A OFERECER.

3 - ASSIM QUE PUDER, VISITE ALGUNS PAÍSES DO PRIMEIRO MUNDO: VOCÊ TERÁ UMA IDEIA SOBRE COMO AS COISAS DEVEM REALMENTE FUNCIONAR NUMA NAÇÃO. MANTENHA A MENTE ABERTA PARA TUDO O QUE LÁ IRÁ ENCONTRAR. TENHA CERTEZA: VOCÊ NÃO SERÁ O(A) MESMO(A) QUANDO RETORNAR. O MUNDO FICARÁ MENOR DEPOIS DESSA EXPERIÊNCIA.

4 - SE GANHAR DINHEIRO E PODER, NÃO SE ILUDA COM ELES. DINHEIRO E PODER SÃO COMO DROGAS: QUANDO ALGUÉM É APRESENTADO A ELES, OFERECEM UM MUNDO DE OPORTUNIDADES, MAS, AO FINAL, PODERÃO SIGNIFICAR A RUÍNA DE MUITOS. DEIXE QUE AMBOS TRABALHEM PARA VOCÊ E NÃO VOCÊ PARA ELES. LEMBRE-SE: VOCÊ É O PATRÃO.

5 - RESPEITE PAI E MÃE. SEMPRE. "Honra teu pai e tua mãe, a fim de que teus dias se prolonguem sobre a terra" (Êxodo 20:12). É O ENSINAMENTO MILENAR DAS SAGRADAS ESCRITURAS.

6 - PENSE SEMPRE POR CONTA PRÓPRIA. MESMO QUANDO VOCÊ SUBIR NOS OMBROS DE GIGANTES PARA ENXERGAR MAIS LONGE.

7 - SOMOS INQUILINOS. NADA NOS PERTENCE. MAIS CEDO OU MAIS TARDE TEREMOS DE PARTIR. PORTANTO, FAÇA BOM USO DE TUDO O QUE ESTIVER AO SEU ALCANCE. MANTENHA-OS E OS CONSERVE EM BOM ESTADO, POIS OUTRO, NO FUTURO, TALVEZ TENHA DE USÁ-LOS.

8 - SE NÃO PUDER AJUDAR, NÃO PREJUDIQUE NINGUÉM.

9 - NÃO SE INCOMODE COM O BRILHO DOS OUTROS. CADA UM TEM SEUS PRÓPRIOS TALENTOS. VOCÊ, INCLUSIVE, TEM OS SEUS. OLHE PARA DENTRO DE SI MESMO E MULTIPLIQUE SEUS TALENTOS.

10 - RESPEITE OS MAIS VELHOS. SOBRETUDO, AQUELES QUE NÃO TEM INSTRUÇÃO NENHUMA. O MELHOR DOS APRENDIZADOS NÃO SE ADQUIRE NOS LIVROS OU NOS BANCOS ESCOLARES. A MELHOR UNIVERSIDADE É A DA VIDA. NUNCA ESQUEÇA DISSO.

Alipio Filho

segunda-feira, 22 de junho de 2020

PESQUISA NA CHINA APONTA QUE OS NÍVEIS DE IMUNIDADE EM PACIENTES RECUPERADOS DA COVID-19 CAI SIGNIFICATIVAMENTE APÓS 2 E 3 MESES

PESQUISA PUBLICADA NA REVISTA NATURE MEDICINA EM 18/06 ÚLTIMO ALERTA PARA UM DADO PREOCUPANTE: A QUEDA SIGNIFICATIVA NOS NÍVEIS DE IMUNIDADE EM PESSOAS RECUPERADAS DA COVID-19.

SEGUNDO A PESQUISA, OS NÍVEIS DE IMUNIDADE CAÍRAM DRASTICAMENTE ENTRE 2 E 3 MESES NOS PACIENTES ESTUDADOS, APÓS SUA RECUPERAÇÃO. AO TODO, FORAM ACOMPANHADOS DOIS GRUPOS, CADA UM COM 37 PACIENTES. UM GRUPO COMPOSTO POR INDIVÍDUOS ASSINTOMÁTICOS E OUTRO INTEGRADO POR PACIENTES SINTOMÁTICOS.

EMBORA DE PROPORÇÕES REDUZIDAS, OS PESQUISADORES SUGEREM QUE OS GOVERNANTES TENHAM CAUTELA NA EMISSÃO DO "Passaporte da Imunidade". É QUE ALGUNS PAÍSES ESTÃO COGITANDO EM AUTORIZAR QUEM JÁ SE RECUPEROU DA DOENÇA PARA VIAJAREM OU RETORNEM AO TRABALHO SEM CRITÉRIOS DE ACOMPANHAMENTO, AO ARGUMENTO DE QUE TAIS PESSOAS ESTARIAM "BLINDADAS" CONTRA A COVID-19.

PELO JEITO, NÃO ESTARÃO.

O RESULTADO TALVEZ EXPLIQUE O APARECIMENTO DE UMA SEGUNDA ONDA DE CONTÁGIOS. AS PESSOAS, ACHANDO QUE ESTÃO IMUNES, VOLTAM À SUA ATIVIDADE NORMAL. DURANTE UM TEMPO, ATÉ TÊM UMA "CAPA PROTETORA", MAS, COM O TEMPO, A CAPA PAULATINAMENTE VAI DESAPARECENDO, COMO SE FOSSE O ESMALTE QUE PROTEGE OS DENTES. O RESULTADO É UMA NOVA INFECÇÃO.

A SUGESTÃO, PORTANTO, É QUE O NÍVEL DE IMUNIDADE NO SANGUE SEJA MEDIDO PERIODICAMENTE, A FIM DE AVALIAR SE ELE FOI REDUZIDO SIGNIFICATIVAMENTE OU PERMANECE CONSTANTE.

A PESQUISA FOI CONDUZIDA POR 19 PESQUISADORES DO DISTRITO DE WANZHOU, NA CHINA.

COMO SEMPRE DIGO: ENQUANTO NÃO FORMOS VISITADOS POR UMA VACINA, CORREREMOS O RISCO DE UM VISITANTE INDIGESTO BATER À NOSSA PORTA.

PORTANTO, CAUTELA É A MELHOR ALIADA.

VIDA SOCIAL PRÓXIMA DE ZERO.


BOA NOITE!!

OS ATROPELOS DE UM PRESIDENTE

(*) Texto publicado na Coluna Gestão do Autor (www.fatoamazonico.com)

Desde quando a pandemia foi oficialmente reconhecida no mundo no dia 11 de março pela Organização Mundial de Saúde, o planeta deixou de ser o mesmo. Parece que a Terra foi virada de cabeça para baixo, sacudida de ponta-cabeça, chacoalhada várias vezes e jogada de um lado para outro. O certo é que ainda estamos todos meio que atônitos com tudo o que tem  acontecido.

No Brasil não tem sido diferente. Mas, por essas bandas, temos que conviver com outros solavancos, não bastasse os da pandemia. 

Começou quando o presidente resolveu minimizar a pandemia e remar contra a Ciência. Convenhamos, uma árdua tarefa. Ignorou completamente os protocolos médicos, tentou desacreditar as pesquisas, discursou inúmeras vezes contra a Organização Mundial de Saúde ameaçando, inclusive, de deixar de fazer parte do rol de seus signatários. Algo parecido com uma suposta “Teoria da Conspiração” em que estaríamos certos e o mundo completamente errado. 

Depois disso, vieram os problemas que se sucederam no Ministério da Saúde. Misturou política com saúde pública (no sentido mais pejorativo do termo), exonerou dois grandes profissionais da saúde em plena pandemia, deixando a Pasta sem titular por 19 dias e comandada, nesse período, por alguém que não tinha formação médica nenhuma. Em condições normais, até poderíamos admitir algo parecido, mas diante de um problema de saúde pública gravíssimo, a prudência e o senso médio não recomendariam.

Levantou a bandeira da Cloroquina como se fosse a solução para a Covid-19. Aliás, um dos motivos para a exoneração dos ministros da saúde fora justamente essa bandeira presidencial. Mais uma vez, fechou os olhos para os protocolos médicos sem ao menos pedir licença.

Na fatídica exoneração do ex-Ministro Moro outros atropelos. Primeiro, no dia 24 de abril fez publicar a exoneração do Diretor Geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, com o nome de Moro. Moro negou que tivesse assinado o ato. Ante à negativa, o presidente teve que retroceder publicando novamente o ato de exoneração, mas sem o nome do ex-Ministro.  

No mesmo dia 24, após a coletiva de Moro, o presidente acusou o ex-Ministro de tentar negociar uma vaga no STF em troca da nomeação do novo Diretor da Polícia Federal. À noite Moro apresentou um print de mensagens trocadas com o presidente no qual ficava claro que ele é quem estava pressionando Moro. A confirmação veio com a divulgação por Moro de outras trocas de mensagens, dessa vez com a Deputada Federal  Carla Zambelli, na qual ela também pressionava Moro para aceitar o pedido do presidente. A resposta de Moro foi desmoralizante: “Não estou à venda”.

Outro imbróglio se formou em torno da divulgação do vídeo da reunião ministerial que Moro havia citado no seu depoimento à Polícia Federal. A Advocacia Geral da União recorreu da decisão do Ministro Celso de Melo de divulgar o vídeo na íntegra, supostamente, por conter conteúdos relacionados à Segurança do Estado e questões de foro íntimo do Governo. Mais uma vez, um retrocesso, pois os argumentos não vingaram. Como última tentativa, pediu para que fossem publicadas apenas algumas partes do vídeo. Nova derrota. O discurso também não vingou. O vídeo foi divulgado na íntegra causando perplexidade em todo o País.

Na sequência, veio o “terremoto” Weintraub. Novos atropelos. No fatídico vídeo da reunião ministerial, Weintraub chamou os Ministros do STF de “vagabundos”. Curiosamente, palavras proferidas por um Ministro da Educação. O Ministro da Justiça tentou, em vão, um habeas corpus para o então Ministro da Educação. Detalhe: o pedido não fora formulado pela Advocacia Geral da União como era de se esperar, mas por órgão que, a rigor, não deveria se imiscuir em questões dessa natureza.  

Outra saia justa veio com a tentativa de trocar o Superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Segundo Moro, isso ficaria claro quando o vídeo da reunião ministerial fosse divulgado. E ficou.

Na reunião, o presidente afirma o que Moro já havia dito em depoimento à Polícia Federal. A saída do Planalto foi desconversar. Disse que quando se referiu à troca da segurança no Rio de Janeiro estava se referindo ao escritório do Gabinete de Segurança Institucional e não à Polícia Federal. Novamente, outros atropelos.

No vídeo, o presidente olha diretamente em direção à Sérgio Moro quando fala na possibilidade da troca; e não em direção ao General Heleno que é o titular do Gabinete de Segurança, como seria mais natural. Embora o próprio General Heleno e outros integrantes do Governo tenham sustentado a justificativa do presidente, o argumento não convenceu. 

Após a saída de Moro, o presidente então nomeia Alexandre Ramagem para a Direção Geral da Polícia Federal, até então Diretor-Geral da Agência Brasileira de Inteligência. A iniciativa é vetada por Decisão monocrática do Ministro Alexandre de Moraes fazendo com que o presidente retrocedesse. Faz nova nomeação, desta vez de Rolando Alexandre de Souza e este, realiza mudanças em algumas superintendências do órgão incluindo a do Rio de Janeiro; fato que confirma o que Moro havia dito no sentido de que o presidente queria interferir livremente na Polícia Federal.

Frente a todos esses percalços e em meio a uma tempestade num oceano de águas agitadas o presidente não teve outra saída senão estender as mãos ao chamado “Centrão”. Algo completamente improvável à época das eleições e logo que assumira a presidência. Bolsonaro havia dito várias vezes que não faria alianças com o Centrão. Prática, aliás, muito comum nos governos que o antecedeu. O Centrão é um grupo de Deputados supostamente não movidos por ideologias partidárias e que historicamente se alia ao Executivo Federal em troca de cargos. Em votos, o Centrão oferece um número superior à metade do número de Deputados na Câmara Federal. Ou seja, tem gordura suficiente para barrar qualquer iniciativa – como um pedido de impeachment - contra o presidente.

Secretaria Nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional, Superintendência de Trens Urbanos de Recife, Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, Banco do Nordeste e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação estão entre os cargos negociados. Mais recentemente, também o presidente recriou o Ministério das Comunicações para entregar seu comando ao Deputado Federal Fábio Farias. O detalhe é que, com a recriação da Pasta, agora já são 23 ministérios quando o discurso à época das eleições era de, no máximo, 15 ministérios.

Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.

 

Alipio Reis Firmo Filho

Conselheiro Substituto – TCE/AM e Doutorando em Gestão.