Algumas pessoas reclamam de um desconforto no ouvido quando o avião decola ou no momento em que ele aterrissa. O papo de hoje é pra falar sobre isso.
Já tivemos a oportunidade de comentar a respeito da pressão atmosférica aqui no Blog (se você não leu, clique AQUI para acessar o artigo).
Desde quando nascemos, vivemos mergulhados num "oceano de ar". Na verdade, durante toda a nossa existência vivemos no "fundo" desse "oceano". Não percebemos o "peso" dele sobre nossas cabeças (e sobre nosso corpo) porque nos acostumamos com ele. O ser humano tem uma incrível capacidade de se adaptar ao meio em que ele vive.
Os vôos comerciais se realizam numa altitude que os comandantes de aeronaves chamam de "altitude de cruzeiro". As altitudes de cruzeiro correspondem a algo em torno de 11 mil metros de altura (11 Kms). O motivo por que os aviões voam tão alto é para economizar combustível e, ao mesmo tempo, ganharem mais velocidade, a fim de chegarem mais rápido ao seu destino.
Nessa altitude a atmosfera é menos densa, isto é, o ar é mais rarefeito. Por ser menos densa ela oferece menor resistência às aeronaves. Com isso, os motores dos aviões não precisam gastar tanto combustível para vencê-la se percorressem a mesma distância numa altitude menor. Ou seja, quanto mais alto voa uma aeronave, maior será a economia de combustível (e de custo). O inverso também é verdadeiro. Por isso os aviões comerciais voam a uma grande altitude.
Em razão do ar se tornar mais rarefeito na medida em que a altitude aumenta, a pressão atmosférica tende a cair na mesma proporção. Apenas a título de ilustração, a 3 mil metros de altitude a pressão atmosférica é 30% menor que ao nível do mar. Se chegarmos a 8.800 metros, ela corresponderá a 70%. Imagine então quanto ela será a 11 mil metros de altitude??!! Praticamente zero!!
Ou seja, nosso corpo - acostumado com uma quantidade de pressão - fatalmente não suportaria sobreviver durante horas a uma pressão baixíssima. Além disso, a 11 mil metros de altitude a quantidade de oxigênio no ar é muito pequena o que poderia nos custar a vida!! E qual a solução encontrada pela Ciência Aeronáutica? Simples: AUMENTAR a pressão dentro do avião na medida em que ele sobe, justamente para COMPENSAR a perda de pressão no meio externo da aeronave. É o que chamamos de PRESSURIZAÇÃO. Essa pressurização consegue repor a pressão que naturalmente o interior da aeronave perderia caso ela não fosse realizada. Isso fará com que nosso corpo não sinta tanta mudança, na medida em que as aeronaves alcançam altitudes cada vez maiores.
Muito embora a solução seja essa, nosso corpo não consegue passar ileso pela experiência. Aqui nascem os desconfortos que experimentamos na decolagem dos aviões. Algumas pessoas sentem um pouco de tontura, outras, zumbidos no ouvido ou uma leve dor de cabeça cujos efeitos tentem a desaparecer na medida em que nosso corpo se acostuma com o ambiente interno das cabines de avião.
Mas pode haver necessidade de despressurização da cabine do avião quando ele estiver numa altitude de cruzeiro, por exemplo, se ocorrer algum foco de incêndio no interior da cabine. Ora, sabemos que o oxigênio é um dos componentes do ar que são vitais para que a combustão (o fogo) aconteça. Ele funciona como um combustível para a combustão. Sem ele, não haverá fogo. Portanto, ao despressurizar a aeronave elimina-se o foco de incêndio por meio da exposição da cabine do avião a um ambiente com quase nenhum oxigênio. O resultado é que o fogo desaparecerá. A dúvida: se não há oxigênio, como os passageiros poderão respirar? Por meio das MÁSCARAS DE OXIGÊNIO que automaticamente cairão do teto do avião sobre cada passageiro. É por isso que antes das decolagens os comissários de bordo avisam os passageiros da possibilidade de uso das máscaras nos casos de despressurização da aeronave.
O processo inverso ocorre na aterrissagem das aeronaves. É a chamada DESPRESSURIZAÇÃO. Na medida em que eles perdem altitude, as cabines dos aviões vão sendo despressurizadas, justamente para compensar a elevação da pressão atmosférica do lado de fora. Se o processo de despressurização não ocorresse, poderíamos estar em perigo, pois nosso corpo teria o dobro da pressão que normalmente suporta ao nível do mar.
Já tivemos a oportunidade de comentar a respeito da pressão atmosférica aqui no Blog (se você não leu, clique AQUI para acessar o artigo).
Desde quando nascemos, vivemos mergulhados num "oceano de ar". Na verdade, durante toda a nossa existência vivemos no "fundo" desse "oceano". Não percebemos o "peso" dele sobre nossas cabeças (e sobre nosso corpo) porque nos acostumamos com ele. O ser humano tem uma incrível capacidade de se adaptar ao meio em que ele vive.
Os vôos comerciais se realizam numa altitude que os comandantes de aeronaves chamam de "altitude de cruzeiro". As altitudes de cruzeiro correspondem a algo em torno de 11 mil metros de altura (11 Kms). O motivo por que os aviões voam tão alto é para economizar combustível e, ao mesmo tempo, ganharem mais velocidade, a fim de chegarem mais rápido ao seu destino.
Nessa altitude a atmosfera é menos densa, isto é, o ar é mais rarefeito. Por ser menos densa ela oferece menor resistência às aeronaves. Com isso, os motores dos aviões não precisam gastar tanto combustível para vencê-la se percorressem a mesma distância numa altitude menor. Ou seja, quanto mais alto voa uma aeronave, maior será a economia de combustível (e de custo). O inverso também é verdadeiro. Por isso os aviões comerciais voam a uma grande altitude.
Em razão do ar se tornar mais rarefeito na medida em que a altitude aumenta, a pressão atmosférica tende a cair na mesma proporção. Apenas a título de ilustração, a 3 mil metros de altitude a pressão atmosférica é 30% menor que ao nível do mar. Se chegarmos a 8.800 metros, ela corresponderá a 70%. Imagine então quanto ela será a 11 mil metros de altitude??!! Praticamente zero!!
Ou seja, nosso corpo - acostumado com uma quantidade de pressão - fatalmente não suportaria sobreviver durante horas a uma pressão baixíssima. Além disso, a 11 mil metros de altitude a quantidade de oxigênio no ar é muito pequena o que poderia nos custar a vida!! E qual a solução encontrada pela Ciência Aeronáutica? Simples: AUMENTAR a pressão dentro do avião na medida em que ele sobe, justamente para COMPENSAR a perda de pressão no meio externo da aeronave. É o que chamamos de PRESSURIZAÇÃO. Essa pressurização consegue repor a pressão que naturalmente o interior da aeronave perderia caso ela não fosse realizada. Isso fará com que nosso corpo não sinta tanta mudança, na medida em que as aeronaves alcançam altitudes cada vez maiores.
Muito embora a solução seja essa, nosso corpo não consegue passar ileso pela experiência. Aqui nascem os desconfortos que experimentamos na decolagem dos aviões. Algumas pessoas sentem um pouco de tontura, outras, zumbidos no ouvido ou uma leve dor de cabeça cujos efeitos tentem a desaparecer na medida em que nosso corpo se acostuma com o ambiente interno das cabines de avião.
Mas pode haver necessidade de despressurização da cabine do avião quando ele estiver numa altitude de cruzeiro, por exemplo, se ocorrer algum foco de incêndio no interior da cabine. Ora, sabemos que o oxigênio é um dos componentes do ar que são vitais para que a combustão (o fogo) aconteça. Ele funciona como um combustível para a combustão. Sem ele, não haverá fogo. Portanto, ao despressurizar a aeronave elimina-se o foco de incêndio por meio da exposição da cabine do avião a um ambiente com quase nenhum oxigênio. O resultado é que o fogo desaparecerá. A dúvida: se não há oxigênio, como os passageiros poderão respirar? Por meio das MÁSCARAS DE OXIGÊNIO que automaticamente cairão do teto do avião sobre cada passageiro. É por isso que antes das decolagens os comissários de bordo avisam os passageiros da possibilidade de uso das máscaras nos casos de despressurização da aeronave.
O processo inverso ocorre na aterrissagem das aeronaves. É a chamada DESPRESSURIZAÇÃO. Na medida em que eles perdem altitude, as cabines dos aviões vão sendo despressurizadas, justamente para compensar a elevação da pressão atmosférica do lado de fora. Se o processo de despressurização não ocorresse, poderíamos estar em perigo, pois nosso corpo teria o dobro da pressão que normalmente suporta ao nível do mar.