Quantas vezes estive perto de ti...
Repetidas vezes senti o teu perfume.
Tantas vezes conversamos em
noites solitárias onde a madrugada era a nossa única companheira.
Inúmeras vezes compartilhamos o
mesmo cardápio. A mesma bebida. As mesmas preferências.
Já perdi a conta das confidências
trocadas. Dos segredos descritos. Das aventuras contadas.
Não me recordo mais das vezes que
meus dedos te procuraram por sobre as letras de algum teclado. Só pra te
encontrar.
Falta-me memória do número dos
abraços trocados. Porque foram tantos!
Por mais que me esforce, jamais
saberei quantas vezes minha mão se entrelaçou com a tua.
Não guardo mais as visitas feitas
no teu álbum de fotografias. Só sei que foram inúmeras!
Impossível quantificar o número
de mensagens trocadas. Foram tantas!
Também não dá pra resgatar o
tempo gasto ao telefone. Não tenho memória para tanto!
Todas essas coisas marcam a vida
de um homem. Também de uma mulher.
O amor humano é egoísta. Não
aceita divisões. Por isso é imperfeito. Mas de sua imperfeição nasce justamente
a sua beleza. Por mais estranho que isso possa parecer.
A perfeição, nesse caso,
estragaria tudo. Não seria bem-vinda. Porque colocaria tudo a perder.
Traduziria apenas um sentimento
frio. Insensível. Gélido.
Não. O amor humano não funciona
assim. Ele protesta. Ele reclama. Ele esbraveja. Ele deixa tudo desarrumado.
Numa palavra: ele luta por aquilo que foi construído e inspirado em cada MOMENTO compartilhado na companhia do outro.
Numa palavra: ele luta por aquilo que foi construído e inspirado em cada MOMENTO compartilhado na companhia do outro.