A Auditoria de Natureza Operacional
consiste na avaliação sistemática dos programas, projetos, atividades e
sistemas governamentais, assim como dos órgãos e entidades jurisdicionadas ao
Tribunal.
A Auditoria de Natureza Operacional
abrange duas modalidades: a auditoria de desempenho operacional e a avaliação
de programa. O objetivo da auditoria de desempenho operacional é examinar a
ação governamental quanto aos aspectos da economicidade, eficiência e
eficácia, enquanto a avaliação de programa busca examinar a efetividade dos
programas e projetos governamentais.
Auditoria de Desempenho Operacional
A auditoria de desempenho operacional
está voltada para o exame da ação governamental quanto aos aspectos da
economicidade, eficiência e eficácia e tem como foco principal os seguintes
aspectos:
·
como
os órgãos e entidades públicas adquirem, protegem e utilizam seus recursos;
·
as
causas de práticas antieconômicas e ineficientes;
·
o
cumprimento das metas previstas;
·
a
obediência aos dispositivos legais aplicáveis aos aspectos da economicidade,
eficiência e eficácia da gestão.
Portanto, o foco da auditoria de
desempenho operacional é o processo de gestão nos seus múltiplos aspectos – de planejamento,
de organização, de procedimentos operacionais e de acompanhamento gerencial,
inclusive quanto aos seus resultados em termos de metas alcançadas.
Ao se proceder a uma auditoria de
desempenho operacional, podemos utilizar três
abordagens, de acordo com o problema e as questões que se pretende
examinar: análise da estratégia
organizacional, análise da gestão
e análise dos procedimentos operacionais.
A primeira abordagem – análise da
estratégia organizacional – envolve, basicamente, os seguintes aspectos:
·
o
cumprimento da missão definida em lei;
·
a
adequação dos objetivos estratégicos às prioridades de Governo;
·
a
identificação dos principais produtos, indicadores de desempenho e metas
organizacionais;
·
a
identificação dos pontos fortes e fracos da organização, e das oportunidades e
ameaças ao desenvolvimento organizacional;
·
a
existência de superposição e duplicação de funções.
A segunda abordagem, denominada
análise da gestão, abrange as seguintes questões:
·
a
adequação da estrutura organizacional aos objetivos do órgão ou entidade;
·
a
existência de sistemas de controle adequados, destinados a monitorar, com base
em indicadores de desempenho válidos e confiáveis, aspectos ligados à economicidade,
à eficiência e à eficácia;
·
o
uso adequado dos recursos humanos, instalações e equipamentos voltados para a
produção e prestação de bens e serviços na proporção, qualidade e prazos requeridos;
·
a
extensão do cumprimento das metas previstas pela administração ou legislação
pertinente.
A terceira abordagem – análise dos
procedimentos operacionais – está voltada para o exame dos processos de
trabalho e pode envolver a análise dos seguintes fatores:
·
a
existência de rotinas e procedimentos de trabalho documentados e atualizados;
·
o
cumprimento das práticas recomendadas pela legislação para aquisição de bens e
serviços;
·
a
adequação das aquisições no que se refere aos prazos, à quantidade, ao tipo, à
qualidade e aos preços;
·
a
guarda e manutenção dos bens móveis e imóveis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário